"É hora de cobrar de quem não paga", diz Haddad
Após apresentar as linhas do novo marco fiscal, ministro diz que o governo fará correções tributárias até o segundo semestre
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (3), em entrevista à Globonews, que “é hora de cobrar de quem não paga”. Após apresentar as linhas do novo marco fiscal, ele afirmou que o governo fará correções tributárias até o segundo semestre deste ano. Mas que isso não significará um aumento de impostos para os brasileiros.
– Não precisa aumentar imposto para atingir o objetivo, basta cobrar de quem não paga. Privilégios precisam ser cortados.
Leia também
• Rui Costa descarta transformar Medidas Provisórias em projetos de lei
• Aumento de receitas é principal desafio do novo arcabouço fiscal
• Haddad diz que regra fiscal foi bem recebida e planeja pacote de 12 medidas para facilitar crédito
O ministro da Fazenda enfatizou que deverá mirar em público específico.
– Tem alguns privilégios que precisam ser cortados – disse o ministro, que acrescentou: – Vira e mexe tem proposta de lei para voltar com o quinquênio, por exemplo.
Para o ministro, o governo está “errando muito” há dez anos.
— Precisamos acertar agora – afirmou.
Haddad também disse que o governo espera arrecadar um mínimo de R$ 12 bilhões ao ano com a taxação de apostas eletrônicas.
— Não é justo você não tributar uma atividade que muitas pessoas nem concordam que exista no Brasil, mas é uma realidade do mundo virtual. Ela [previsão de arrecadação] subiu. A gente estava trabalhando com até R$ 6 bilhões, mas é no mínimo o dobro disso. De R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões — disse em entrevista a GloboNews
O foco é a taxação de apostas esportivas online, principalmente sobre resultados de futebol, também chamadas de sports betting. A medida não incluiria jogos de videogame ou esportes eletrônicos, chamados de e-sports.
Haddad também defendeu combater ao “contrabando” no comércio eletrônico, quando empresas com comércio não utilizam de artifícios para não pagaram tributos