Logo Folha de Pernambuco

Cartões de crédito

Ebanx: 47% das transações com cartões de crédito são parceladas no Brasil

Apenas no México e na Guatemala o porcentual é maior

Cartões de créditoCartões de crédito - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As transações parceladas respondem por 47% das compras com cartões de crédito no Brasil, um dos porcentuais mais altos na América Latina, de acordo com a empresa de pagamentos Ebanx. Apenas no México e na Guatemala o porcentual é maior, ficando em 50%.

Os dados são da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) e foram reunidos pela Ebanx em um estudo sobre o panorama internacional para pagamentos online. A empresa não especifica quanto desse parcelado se dá com ou sem juros - no Brasil, o setor estima que o parcelamento sem juros predomine.

"Na América Latina, planos de pagamento parcelados emergiram nos anos 80 para estimular o consumo durante um período hiperinflacionário. Desde então, se tornaram uma preferência cultural na região, e essenciais durante crises econômicas ou períodos de caixa restrito", afirma o relatório da Ebanx.

A empresa afirma que cerca de 20% do volume movimentado através de suas plataformas é pago em parcelas. Em determinadas transações com cartões de crédito, essa participação sobe para 43%. "A prática está se tornando mais comum à medida que parcelamentos sem juros crescem na região, chegando a países como Colômbia e Peru."

No ano passado, o parcelamento de compras sem juros despertou uma polêmica no Brasil. Durante os debates sobre os juros do crédito rotativo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defendeu que o parcelado sem juros fosse limitado, afirmando que essa modalidade é subsidiada pelo rotativo.

Fintechs e empresas de maquininhas independentes, como Stone e PagBank (ex-PagSeguro), posicionaram-se contra essa argumentação, afirmando que os bancos tentavam utilizar o debate sobre o rotativo para reduzir a competição no setor. Os juros do rotativo acabaram ganhando um teto de 100%, mas a polêmica sobre o parcelado sem juros continua, como mostrou o Broadcast na segunda-feira. O estudo da Ebanx não menciona o embate.

O levantamento aponta que pagamentos parcelados geralmente levam a um aumento no valor dos produtos e serviços adquiridos pelos clientes. Em transações com cartão pagas à vista, na média, o tíquete é de US$ 16 (R$ 78,72), valor que aumenta para US$ 168 (R$ 826,53) nas que são pagas em 12 parcelas.

"Na América Latina, os consumidores não necessariamente olham para o preço. Eles consideram se uma parcela cabe ou não em seu orçamento mensal", afirma no estudo o diretor de Produto da Ebanx, Sebastian Fantini.


 

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter