Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração
Na comparação anualizada, a atividade econômica do país recuou 3,3%
A economia argentina caiu 0,3% em setembro, na comparação com o mês anterior, surpreendendo negativamente os analistas de mercado que previam crescimento de 0,9% no período. Em relação a um ano atrás, a atividade caiu 3,3%, de acordo com dados do governo publicados na sexta-feira. Com o resultado, a atividade econômica do país completa quatro meses consecutivos de retração.
Nos primeiros nove meses do ano, a atividade caiu 3,1% em comparação com o mesmo período de 2023.
Dos setores analisados pelo EMAE ( Estimador Mensal da Atividade Econômica), quatro mostraram melhora em relação a setembro do ano passado, com destaque para a exploração de minas e pedreiras, com alta de 7,6% e o setor de agricultura, pecuária, caça e silvicultura, com alta de 3,1%.
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A segunda maior economia da América do Sul está mostrando sinais iniciais de recuperação, com o crescimento salarial superando a inflação pelo sexto mês consecutivo em setembro e o consumo das famílias e a produção industrial apresentando ganhos nos últimos meses.
A inflação tem desacelerado de forma consistente e os dados mensais de pobreza, acompanhados de perto pela equipe de Milei, mostram que a pobreza está diminuindo após atingir um pico de duas décadas.
Economistas consultados pelo banco central da Argentina estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) irá encolher 3,6% este ano, sendo revertido por um crescimento de 3,6% em 2025.