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PIB

Economia pernambucana recupera perdas causadas pela pandemia e chega a R$ 233 bi

Taxa de crescimento do Estado em 2021 foi mais do que o suficiente para compensar a queda registrada em 2020

Refinaria Abreu e Lima (Rnest) foi um dos setores que impediram melhor desempenhoRefinaria Abreu e Lima (Rnest) foi um dos setores que impediram melhor desempenho - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

A economia pernambucana registrou uma taxa de crescimento de 4,2% no ano de 2021 – levando o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado a alcançar R$ 233,4 bilhões. Esse resultado compensou a queda ocorrida em 2020 – primeiro ano da pandemia do coronavírus, quando houve uma retração de 2,9% - e ainda gera um resultado positivo de 1,2%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (7) pela Agência Estadual de Planejamento Condepe/Fidem. O aumento do PIB pernambucano foi menor do que a média nacional, que ficou em 4,6%.


No entanto, se for levado em consideração o acumulado dos dois anos de pandemia, a situação de Pernambuco ficou melhor do que a nacional – uma vez que a economia brasileira, descontada a queda registrada em 2020, se manteve estável com uma evolução de apenas 0,7%. Segundo o diretor de Estudos, Pesquisas e Estatísticas do Condepe, Maurílio Lima, não é possível falar em crescimento efetivo da economia pernambucana, mas há um nítido movimento de recuperação da atividade. 


Ele destacou ainda a situação verificadas em alguns setores econômicos específicos. No caso dos serviços, responsável por 75% do PIB pernambucano, houve uma melhoria entre 2021 e 2020 – mas ainda não suficiente para recuperar os efeitos causados pelas medidas de contenção da Covid-19 que levaram o setor, no ano anterior, a apresentar um desempenho negativo de 5,1%. Já em 2021, houve uma alta de 4,3%. Nesse caso, o destaque fica para o turismo que teve um incremento de 40,8%.


Já a indústria como um todo teve uma alta de 3,7% entre os dois últimos anos, com a construção civil apresentando um desempenho positivo em 6,0%. No entanto, a indústria de transformação – que, hoje, em Pernambuco, é puxada pela Refinaria Abreu e Lima e pelo polo automotivo – ficou, praticamente, estagnada – com um resultado de 1,1%. Nesse caso, segundo Lima, o grande problema foi a refinaria que passou por momentos de redução da produção. Se for comparar com os números de 2020, a refinaria puxou o setor pra baixo com uma queda de 35,2% na sua atividade. 


Por fim, a agropecuária – mesmo tendo uma participação pequena na economia pernambucana de apenas 4,2% - apresentou uma alta de 5,0%. Tanto as lavouras temporárias – como cana-de-açúcar, arroz, feijão, cebola, tomate, entre outras -, como as permanentes apresentaram crescimento econômico em 2021 com taxas de 14,3% e 4,0%, respectivamente. 
 

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