Eletrobras faz maior oferta de ações. Veja quais são as principais gestoras na operação
Ao menos 19 fundos de 11 instituições vão oferecer aplicação com FGTS
A Eletrobras lançou na sexta-feira (27) o aviso da oferta pública de ações que viabilizará sua privatização e que promete ser a maior operação do ano na Bolsa. Grandes fundos de investimento estrangeiro e gestoras já reservaram recursos para a compra dos papéis. A operação pode movimentar até R$ 35 bilhões, caso haja demanda pela integralidade da oferta e por um lote adicional de papéis que pode ser oferecido ao mercado. A “oferta básica”, sem o lote adicional, corresponde a R$ 30,7 bilhões. Na avaliação do mercado, há apetite para vender tudo.
A Eletrobras já tem investidores privados, mas seu controle está nas mãos da União. O que a empresa vai fazer é emitir nova leva de ações. Como a União não vai adquirir os papéis, sua participação será diluída, devendo recuar de 72% das ações com direito a voto para 45%.
Segundo fontes do mercado financeiro, na lista dos investidores âncoras, que já se comprometeram com os bancos que coordenam a operação a ficar com parte dos papéis, estão gestoras como SPX, Squadra, Truxt e o fundo soberano de Cingapura, GIC. Neste caso, o aporte é de R$ 1,5 bilhão.
Outras gestoras manifestaram interesse no papel, mas não devem entrar com um cheque da mesma magnitude, como a 3G Radar, segundo fontes. A Itaú Asset é citada como interessada na operação, além de fundos americanos e britânicos.
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A oferta está sendo coordenada por BTG, Bank of America, Goldman Sachs, Itaú BBA, Citigroup, Credit Suisse, JPMorgan e Safra.
O apetite não é só voltado aos grandes investidores. Ao menos 19 fundos de 11 bancos e instituições já se habilitaram para oferecer investimentos com recursos do FGTS. Banco do Brasil, Bradesco, BTG, Caixa, Daycoval, Genial, Guide, Itaú, Santander, Safra e XP já se credenciaram junto à Caixa, gestora do FGTS, para fazer a reserva das contas dos trabalhadores.
A fatia destinada a investimentos com recursos do Fundo corresponde a R$ 6 bilhões. Se a demanda for maior do que este montante, haverá rateio.
O trabalhador que fizer a opção terá de deixar o dinheiro aplicado por 12 meses. Se quiser resgatar a quantia nesse período, não poderá sacar os recursos. Eles voltam para a conta do FGTS e só podem ser retirados nas modalidades de saque previstas em lei.
A reserva de papéis pode ser feita a partir do dia 3. No dia 8, serão contabilizados os pedidos com uso do FGTS. No dia 9, será definido o preço da ação com base na demanda. Depois disso, será possível iniciar a negociação em Bolsa dos novos papéis.