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Redes sociais

Elon Musk compra 9,2% das ações do Twitter

Considerado o mais rico do mundo e presidente da empresa de carros elétricos Tesla, Musk é um usuário frequente do Twitter, onde publica, com frequência, mensagens controversas

Elon Musk, empresário e fundador da TeslaElon Musk, empresário e fundador da Tesla - Foto: Jim Watson/AFP

O magnata sul-africano Elon Musk adquiriu 9,2% das ações do Twitter, alavancando o valor desta rede social na Bolsa. Considerado o mais rico do mundo e presidente da empresa de carros elétricos Tesla, Musk é um usuário frequente do Twitter, onde publica, com frequência, mensagens controversas e tem sido um crítico das empresas de mídia social. 

Em um tuíte recente, ele questionou o respeito do Twitter pela liberdade de expressão e sugeriu que lançaria sua própria plataforma. Um documento apresentado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), na sigla em inglês, indica que Musk comprou quase 73,5 milhões de ações do Twitter, 9,2% do total da empresa. O investimento equivale a algo em torno de US$ 2,9 bilhões do valor de fechamento do Twitter na última sexta-feira (1º). 

"Podemos esperar que esta participação passiva [sem intenção de mudar o ritmo da empresa] seja o começo de discussões mais amplas com o conselho/administração do Twitter, o que poderia levar a uma compra ativa e a uma posição potencialmente mais agressiva na propriedade do Twitter", disseram os analistas Daniel Ives e John Katsingris, da Wedbush. 

Em 25 de março, Musk fez uma pesquisa no Twitter, na qual perguntou: "liberdade de expressão é essencial para o funcionamento da democracia. Você acha que o Twitter adere rigorosamente a esse princípio?". 

Mais de 70% dos dois milhões de usuários que votaram responderam "não". "Dado que o Twitter serve como uma arena pública de facto, não aderir a princípios fundamentais mina a democracia. O que deve ser feito?", questionou ele outro dia. É necessária uma nova plataforma?", insistiu. 

"Compre o Twitter" foi uma das primeiras respostas de dezenas de milhares de usuários. Musk já usou pesquisas do Twitter para fazer negócios. Em novembro do ano passado, por exemplo, vendeu US$ 5 bilhões em ações da Tesla, depois de perguntar a seus seguidores nas redes sociais se deveria vender 10% de sua participação. 

Em 2018, publicou um tuíte, no qual, sem provas, dizia ter fundos suficientes para tirar a Tesla da Bolsa. Esta mensagem disparou o valor das ações da Tesla, mas a SEC disse que o comentário no Twitter era "falso e enganoso". 

Mais tarde, Musk admitiu que qualquer tuíte capaz de mover o valor das ações da Tesla seria examinado por advogados, como parte de um acordo que exigia que ele pagasse US$ 20 milhões para resolver um caso de fraude apresentado pela SEC.

No início de março, Musk pediu a um juiz de Nova York que revertesse o acordo sobre seus tuítes alcançado com os reguladores do mercado de ações. 

O magnata também gera polêmica no Twitter. Em março, desafiou o presidente russo, Vladimir Putin, a um "duelo" pela invasão da Ucrânia e, em fevereiro, apagou por um tuíte, no qual comparou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, a Adolf Hitler.

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