Elon Musk faz nova leva de demissões no Twitter
Cortes agora afetam funcionários do setor de vendas. Empresa tem hoje apenas 40% do total de empregados que tinha antes do bilionário assumir seu comando
Elon Musk fez nova leva de demissões no Twitter nesta segunda-feira, dessa vez no departamento de vendas. Após uma debandada de engenheiros e equipe de tecnologia na semana passada – quando centenas de funcionários se recusaram a aceitar um ultimato do bilionário para que ou aceitassem um estilo de trabalho hardcore, ou fossem embora –, dessa vez os empregados foram demitidos.
Segundo pessoas próximas às decisões do Twitter, muitos funcionários do setor de vendas optaram por dizer sim ao ultimato da semana passada e, até então, estavam em número proporcionalmente maior na empresa em relação à equipe de tecnologia e desenvolvimento. Os cortes de hoje são para equilibrar o perfil da equipe.
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Um levantamento interno aponta que a empresa tem hoje 2.750 funcionários, ou seja, cerca de 40% apenas da força de trabalho que a plataforma tinha até o fim de outubro, quando Musk assumiu o comando da empresa. Na ocasião, o Twitter tinha mais de 7 mil empregados.
Os funcionários que foram demitidos foram avisados por email, com uma mensagem cujo assunto era "Seu papel no Twitter". Alguns foram avisados ainda no domingo à noite.
"Após uma revisão de nossa força de trabalho, identificamos papeis na nossa estrutura organizacional que não são mais necessários", dizia o texto do email, segundo uma cópia a qual a Bloomberg teve acesso: "Hoje é o seu último dia trabalhando na empresa", concluía a mensagem, acrescentando que mais detalhes sobre indenizações seriam informados depois.
A equipe de vendas do Twitter teve uma reunião presencial com Musk e novo chefe deste departamento, Chris Riedy, no último domingo. Muitos fizeram questão de comparecer justamente porque temiam um anúncio sobre demissões. Mas Musk usou a reunião para falar apenas de atualizações na plataforma, inclusive sobre sua decisão de restabelecer a conta do ex-presidente americano Donald Trump.
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O bilionário e novo dono do Twitter também defendeu a importância de a plataforma vender espaços publicitários com mais direcionamento de público. E não fez, na reunião, nenhuma menção a cortes no departamento de vendas.