Em 2022, cesta básica subiu até 18%
Alta foi maior em Brasília, Goiânia e Campo Grande; confira a variação em cada capital
A cesta básica ficou mais cara ao longo de 2022 em 17 capitais brasileiras, chegando a altas de até 18% em algumas delas. E o trabalhador precisou comprometer 60% do salário mínimo em dezembro para comprar os itens. É o que apontam os resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta segunda-feira (09).
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As altas mais expressivas, na comparação de dezembro de 2021 com dezembro de 2022, foram registradas Goiânia (17,98%), Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%). Veja a seguir os valores das cestas básicas nas capitais:
- Goiânia: 17,98%
- Brasília:17,25%
- Campo Grande: 16,03%
- Belo Horizonte:15,06%
- Belém: 14,83%
- São Paulo: 14,60%
- Rio de Janeiro: 12,98%
- Fortaleza: 12,94%
- Porto Alegre: 12,11%
- Florianópolis: 11,55%
- Curitiba: 11,17%
- Natal: 10,35%
- Salvador: 10,13%
- Vitória: 10,09%
- João Pessoa: 9,99%
- Aracaju: 8,99%
- Recife: 6,15%
Apesar de a cidade de Goiânia registrar o maior aumento percentual, é na capital paulista onde a cesta básica chegou ao maior valor: chegou a R$ 791,29, o maior valor entre as 17 cidades onde o Dieese realiza o levantamento.
A pesquisa aponta ainda que o trabalhador remunerado pelo piso nacional precisou comprometer cerca de 60,22% do salário mínimo para adquirir os produtos da cesta básica. Em dezembro de 2021, a média foi de 58,91%.
Leite, pão e café mais caros
O levantamento mostra ainda que 8 dos 13 produtos que integram a cesta básica subiram de preço em todas as capitais este ano, em relação ao ano passado. São eles: leite integral, pão francês, café em pó, banana e manteiga, farinha de trigo, batata e farinha de mandioca. Já o óleo de soja subiu em 16 cidades e o arroz em 15.
Os preços dos alimentos tem pesado no orçamento das famílias. Os alimentos ficaram mais caros, subindo bem mais que a média da inflação. Sgundo dados do IBGE, a inflação de alimentos acumulada alta de 10,91% até novembro de 2022 - o dobro da inflação acumulada no ano, que é de 5,13%.