Em processo contra Musk, Twitter usa tuítes do bilionário para alegar rompimento de acordo
Ação tem 62 páginas e cita 13 posts do homem mais rico do mundo. Advogados afirmam que podem provar em apenas quatro dias que plataforma tem razão em exigir cumprimento da oferta
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A desistência do Elon Musk de comprar o Twitter chegou nesta terça-feira aos tribunais, depois que a empresa foi à Justiça exigir que o bilionário cumpra o acordo para a aquisição da empresa por US$ 44 bilhões. No processo, de 62 páginas, os advogados da plataforma usam como argumento um recurso que era uma marca de Musk: seus tuítes.
O bilionário, que tem mais de 100 milhões de seguidores no Twitter, sempre usou a rede social para postar comentários sobre seus negócios - muitas vezes influenciando o comportamento das ações, no que já foi alvo até de investigações pelas autoridades regulatórios americanas.
Agora, o Twitter usa os tuítes de Musk para argumentar que o empresário violou o acordo. E lista nada menos do que 13 posts do bilionário, começando com sua primeira insinuação sobre a empresa, quando escreveu "Love me tender" ( numa referência à clássica canção de Elvis Presley e que, em português, significa “ame-me com ternura”).
O processo inclui também o polêmico post com o emoji de cocô, quando Musk respondeu a um comentário do CEO do Twitter, Parag Agrawal, que então justificava como a empresa estima o número de usuários falsos na plataforma - as contas "robôs" foram o pretexto do bilionário para desistir do negócio. Na época, Musk tuitou: "Se nossa proposta pelo Twitter for bem-sucedida, derrotaremos os bots de spam ou morreremos tentando!''
Os advogados do Twitter afirmam ainda que precisam de apenas quatro dias para provar que o homem mais rico do mundo tem que honrar seu acordo e comprar a plataforma pagando o valor originalmente proposta de US$ 54,20 por ação da empresa.