Banco Central

Em reunião com Haddad, centrais sindicais reclamam da taxa de juros

Sindicatos pediram, também, para participar do Carf e do Copom; ministro não se comprometeu com as demandas

Ministro da Economia, Fernando HaddadMinistro da Economia, Fernando Haddad - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

As centrais sindicais se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em São Paulo para pedir a queda da taxa básica de juros (a Selic) e pleitear que o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) tenha participação, também, de organizações que representem os trabalhadores.

Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior das centrais, afirmou que os sindicatos vão realizar uma série de manifestações no dia 21 de março, dia da primeira reunião do Copom, nas portas de edifícios no Banco Central (BC) em todo o país para pedir a redução da Selic, hoje em 13,75% ao ano. Além da sede em Brasília, o BC tem representações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Salvador, Fortaleza e Recife.

O pleito vai ao encontro de recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de crítica ao presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e ao Comitê de Política Monetária (Copom).

— Expressamos ao ministro que essa taxa de juros no patamar que está é um crime em relação à retomada do desenvolvimento e da geração de emprego. Vamos fazer manifestações vigorosas no próximo dia 21, no dia em que o Copom se reúne, vamos fazer manifestação no Brasil inteiro para que a taxa caia. Não tem justificativa para que os juros estejam nesse patamar — disse Sérgio Nobre depois do evento.

Haddad não se comprometeu com as demandas, mas disse aos sindicalistas e aos representantes de movimentos sociais que a pasta vai criar um grupo de trabalho permanente para receber periodicamente demandas desses grupos. Nobre disse ao ministro da Fazenda que “não dá só para ouvir a Faria Lima” nas discussões sobre reformas, por ecemlo.

Sobre o Carf, Nobre diz que “não pode ter só representantes dos empresários para decidir sobre tributação” e reivindicou assentos para sindicatos no órgão. — Os trabalhadores também querem estar no conselho. Vamos fazer manifestações para garantir uma presença nossa no Carf assim como no Comitê de Política Monetária. Os trabalhadores querem ter presença — disse ele.

Sobre a reforma tributária, Nobre e Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirmam que as centrais apóiam a reforma tributária e que reivindicam a isenção, por exemplo, de Imposto de Renda sobre participação nos Lucros e resultados (PLR) e a taxação de grandes fortunas.

— O patrão não paga imposto sobre lucros e dividendos, mas o trabalhador paga sobre a PLR. Isso causou espécie ao ministro. É uma deformação e precisa haver espaço para que o movimento social discuta com o governo para participar da reforma tributária. Somos nós que pagamos imposto no Brasil. Precisamos discutir como vamos cobrar impostos dos super ricos — afirmou Neto, que é filiado ao PDT.

As centrais também pleiteiam um aumento do salário mínimo maior do que os R$ 1.320 anunciados por Lula. As entidades defendem o valor de R$ 1.382, que seria o montante caso a política de valorização do saláAs centrais sindicais se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em São Paulo para pedir a queda da taxa básica de juros (a Selic) e pleitear que o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) tenha participação, também, de organizações que representem os trabalhadores.

Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior das centrais, afirmou que os sindicatos vão realizar uma série de manifestações no dia 21 de março, dia da primeira reunião do Copom, nas portas de edifícios no Banco Central (BC) em todo o país para pedir a redução da Selic, hoje em 13,75% ao ano. Além da sede em Brasília, o BC tem representações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Salvador, Fortaleza e Recife.

O pleito vai ao encontro de recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de crítica ao presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e ao Comitê de Política Monetária (Copom).

— Expressamos ao ministro que essa taxa de juros no patamar que está é um crime em relação à retomada do desenvolvimento e da geração de emprego. Vamos fazer manifestações vigorosas no próximo dia 21, no dia em que o Copom se reúne, vamos fazer manifestação no Brasil inteiro para que a taxa caia. Não tem justificativa para que os juros estejam nesse patamar — disse Sérgio Nobre depois do evento.

Haddad não se comprometeu com as demandas, mas disse aos sindicalistas e aos representantes de movimentos sociais que a pasta vai criar um grupo de trabalho permanente para receber periodicamente demandas desses grupos. Nobre disse ao ministro da Fazenda que “não dá só para ouvir a Faria Lima” nas discussões sobre reformas, por ecemlo.

Sobre o Carf, Nobre diz que “não pode ter só representantes dos empresários para decidir sobre tributação” e reivindicou assentos para sindicatos no órgão. — Os trabalhadores também querem estar no conselho. Vamos fazer manifestações para garantir uma presença nossa no Carf assim como no Comitê de Política Monetária. Os trabalhadores querem ter presença — disse ele.

Sobre a reforma tributária, Nobre e Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirmam que as centrais apóiam a reforma tributária e que reivindicam a isenção, por exemplo, de Imposto de Renda sobre participação nos Lucros e resultados (PLR) e a taxação de grandes fortunas.

— O patrão não paga imposto sobre lucros e dividendos, mas o trabalhador paga sobre a PLR. Isso causou espécie ao ministro. É uma deformação e precisa haver espaço para que o movimento social discuta com o governo para participar da reforma tributária. Somos nós que pagamos imposto no Brasil. Precisamos discutir como vamos cobrar impostos dos super ricos — afirmou Neto, que é filiado ao PDT.

As centrais também pleiteiam um aumento do salário mínimo maior do que os R$ 1.320 anunciados por Lula. As entidades defendem o valor de R$ 1.382, que seria o montante caso a política de valorização do salário mínimo dos governos petistas não tivesse sido interrompida.

Estavam presentes nos encontros dirigentes das centrais CUT, Força, UGT, CSB e de movimentos como o dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e a União Nacional dos Estudantes.rio mínimo dos governos petistas não tivesse sido interrompida.

Estavam presentes nos encontros dirigentes das centrais CUT, Força, UGT, CSB e de movimentos como o dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e a União Nacional dos Estudantes.

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