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Embraer quer fabricar jatos na Índia para conquistar mercado

Empresa brasileira também está mantendo negociações semelhantes com potenciais parceiros na China

Fabricante de aviões brasileira está em negociações iniciais com potenciais parceiros no paísFabricante de aviões brasileira está em negociações iniciais com potenciais parceiros no país - Foto: Embraer/Divulgação

A Embraer avalia estabelecer múltiplas linhas de montagem na Índia para fabricar seus jatos de fuselagem estreita e alcance médio E2 e a aeronave de transporte militar C-390 Millennium, na tentativa de conquistar pedidos em um dos mercados de aviação que mais crescem no mundo.

Para isso, a fabricante de aviões brasileira está em negociações iniciais com potenciais parceiros no país, disse o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, em entrevista em Nova Déli.

Gomes Neto também acrescentou que a empresa está mantendo negociações semelhantes com potenciais parceiros na China.

- Vemos a Índia como uma excelente oportunidade de colaboração. A Índia tem custos trabalhistas muito competitivos. A Índia tem disponibilidade de engenharia. A Índia possui design e conhecimento técnico. Podemos montar algo bom para ambos os lados - ressaltou.

A Embraer vem tentando quebrar o duopólio global para aviões maiores com sua linha de jatos E2, que acomodam entre 80 e 130 pessoas e competem com o Airbus A220. Com a Índia buscando melhorar as conexões domésticas, a fabricante de aviões vê uma oportunidade para aeronaves médias que podem ser mais apropriadas em rotas atualmente malservidas.

A Star Air é a única companhia aérea comercial que opera jatos da Embraer na Índia. Em março, a Bloomberg informou que a Índia pretendia fazer parcerias com a Embraer e a russa Sukhoi para fabricar pequenos aviões localmente, numa tentativa de conectar pequenas cidades e áreas remotas.

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Em 2016, a Embraer fechou sua linha de montagem na China — onde produzia jatos regionais ERJ 145 e aeronaves executivas Legacy 650 — devido à falta de demanda.

Mas Gomes Neto disse estar otimista com o interesse das aéreas chinesas em seus produtos e citou a recente certificação dos modelos E195-E2 e E190-E2.

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