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Empresários da indústria voltam a ficar pessimistas pela primeira vez em 20 meses, segundo CNI

Índice que mede confiança de empresários acumula quarta queda consecutiva desde setembro de 2024

Produção industrialProdução industrial - Foto: GWM/Divulgação

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1 ponto em janeiro, recuando de 50,1 pontos para 49,1 pontos, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta-feira (16).

Esta foi a quarta baixa consecutiva registrada no índice, que acumula uma queda de 4,3 pontos desde setembro do ano passado. Com a variação de janeiro e o índice abaixo de 50 pontos, os empresários passaram de um estado de neutralidade, em dezembro, para um estado de falta de confiança, em janeiro.

A última vez que o índice registrou um pessimismo de empresários do setor foi há 20 meses, em maio de 2023.

"O pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável. Isso pode se traduzir em uma melhora do próprio índice e, depois, nas decisões de negócio", explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O ICEI é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Nesta edição, a CNI consultou 1.232 empresas: 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025.

Projeção de crescimento
Apesar do pessimismo, a CNI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai crescer 2,4% em 2026, segundo estimativas para a economia brasileira em 2025 divulgadas pela confederação em dezembro de 2024.

No entanto, o presidente da CNI, Antonio Alban, traçou um preocupante para economia brasileira no próximo ano.

"Eu diria que torço para que a gente esteja errado, e espero que nós sejamos surpreendidos novamente com a economia em 2025, como todos foram surpreendidos em 2024, de alguma forma em 2023, mas sabemos que alguns cenários são mais preocupantes para 2025 no cenário de hoje", afirmou em entrevista coletiva.

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