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Empresários do comércio em Pernambuco estão mais confiantes, aponta pesquisa

Dados são do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela CNC

ComércioComércio - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Federação de Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) divulgou hoje (03) um levantamento que aponta perspectivas positivas dos empresários pernambucanos no mês de junho. O estudo se baseou no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com a pesquisa, houve um avanço na empregabilidade do setor varejista e de serviços no Estado, com a criação de 2.218 novos postos de trabalho em maio, conforme dados do Caged. Além disso, os índices de inflação também foram favoráveis, com o IPCA registrando uma inflação acumulada de 3,94% em todo o Brasil e de 3,34% na cidade de Recife nos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE.

O economista da Fecomércio, Rafael Lima, destaca que as perspectivas são positivas devido ao recuo do IPCA e do IGPM no último mês. Ele enfatiza que “a deflação no IGPM é especialmente benéfica, pois indica uma possível redução da inflação do produtor, o que pode refletir no IPCA no futuro”.

No que diz respeito ao emprego formal no setor de comércio e serviços, sobretudo para as empresas que lidam com produtos semiduráveis, como vestuário e calçados, Lima ressalta que também houve um resultado positivo. Isso sugere que os empresários estão mais dispostos a contratar quando estão otimistas em relação às vendas, receita líquida da empresa e perspectivas futuras. Especificamente para empresas menores, com menos de cinquenta funcionários, espera-se um aumento na contratação nos próximos meses.

No entanto, o cenário não é tão otimista para as empresas que vendem produtos duráveis, como geladeiras, máquinas de lavar e fogões. O economista aponta que essas empresas enfrentam um alto grau de endividamento, o que reflete na inadimplência e afeta o fluxo de caixa. “Esses produtos têm um custo mais elevado e representam um peso maior no orçamento das famílias, portanto, as perspectivas para as empresas que atuam nesse segmento não são tão favoráveis”, destacou. 

Por fim, Lima argumenta que as perspectivas para o setor varejista são favoráveis, especialmente devido aos eventos sazonais como os festejos juninos e o Dia dos Namorados, que tendem a impulsionar o comércio e gerar boas expectativas. “O setor de produtos semiduráveis será o mais propenso a contratar novos funcionários nos próximos meses, enquanto os produtos não duráveis serão mais propensos a receber investimentos. Acredita-se que essa recuperação na confiança do empresário se traduzirá em mais oportunidades de emprego e aumento dos investimentos em Pernambuco”, finalizou o especialista. 

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