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CONCESSIONÁRIA

Enel SP tem o maior tempo médio para atendimentos de ocorrências da série histórica

O tempo médio de preparação, que avalia o tempo que a concessionária leva para preparar a equipe para o atendimento de uma emergência, foi de 12 horas e 20 minutos no início de 2024

Sede da EnelSede da Enel - Foto: Divulgação

O tempo médio para atendimentos de ocorrências pela Enel São Paulo atingiu o maior patamar da série histórica e aumentou nos dois primeiros meses de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. A concessionária atende cerca de 7 milhões de pessoas em 24 municípios da Região Metropolitana, incluindo a capital, e está no alvo do Ministério de Minas e Energia, que determinou a abertura de um processo disciplinar para investigar as “transgressões reiteradas” da empresa.

Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o tempo de atendimento de emergências, a Enel SP teve 26.099 ocorrências emergenciais com interrupção de energia elétrica em janeiro e 25.438 em fevereiro, somando 51.537 ocorrências — um aumento de 13% em relação aos dois primeiros meses de 2023.

O Tempo Médio de Preparação, que avalia o tempo que a concessionária leva para preparar a equipe para o atendimento de emergência, foi de 12 horas e 20 minutos em janeiro e fevereiro (732 minutos). Se considerados os mesmos meses de 2023, o tempo era de cerca de 11 horas e 40 minutos. Já se levada em consideração a média de todo o ano passado, o tempo médio de preparação foi de 11 horas e oito minutos.

O número vem crescendo nos últimos anos, já que em 2022 a Enel levava, em média, 554 minutos para atender às ocorrências emergenciais — ou cerca de 9 horas e 24 minutos. Em 2021, o tempo era de pouco mais de seis horas e, no ano anterior, de oito horas. Em 2019, também girava em torno de seis horas e, em 2018, quando a Enel assumiu a operação que antes era da Eletropaulo, era de apenas quatro horas. Esse indicador existe desde 2009, e hoje a concessionária chegou ao pior patamar.

Novembro foi o mês com mais demora para atendimento dessas ocorrências — tanto em relação ao tempo médio de preparação quanto de execução dos serviços para religar a luz. Nesse mês, a empresa levou em média 1.018 minutos para preparar o atendimento, mais de 16 horas.

Foi em 3 de novembro que um apagão deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica em diversos bairros de São Paulo e de cidades da Região Metropolitana. Em alguns locais, foram seis dias com o serviço interrompido, após um temporal com ventos de mais de 100 quilômetros por hora. No dia 15 daquele mês, houve novas interrupções nos serviços em alguns bairros da capital.

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