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Economia

Enel vai investir R$ 23 bi em energia renovável na América Latina até 2022

A empresa prevê aportar € 9,3 bilhões (R$ 43,3 bilhões) na América Latina. Desses, € 3,8 bilhões (cerca de R$ 17,7 bilhões) serão aplicados em energia renovável.

Sede da EnelSede da Enel - Foto: Divulgação

A companhia de energia Enel divulgou nesta terça-feira (26) em Milão que vai investir € 5,1 bilhões (o equivalente a R$ 23,75 bilhões no câmbio atual) em sua operação no Brasil até 2022, cerca de 55% do aporte que a empresa deverá fazer na América Latina.

A Enel prevê aportar € 9,3 bilhões (R$ 43,3 bilhões) na América Latina. Desses, € 3,8 bilhões (cerca de R$ 17,7 bilhões) serão aplicados em energia renovável. Segundo a empresa, a maior parte do aporte será destinada ao Brasil e ao Chile.

"No Brasil, o crescimento será principalmente influenciado por acordos de compra de energia com grandes consumidores comerciais e industriais [majoritariamente no mercado livre]", afirmou Alberto de Paioli, diretor financeiro da empresa, que é a maior operadora privada de energia elétrica do mundo.

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A empresa prevê uma expansão de 5,4 GW de geração com fontes renováveis vinda de contratos com grandes consumidores principalmente no Brasil e nos Estados Unidos. A Enel planeja investir ao todo € 28,7 bilhões (o equivalente a R$ 133,63 bilhões no câmbio atual) em suas operações globais de 2020 a 2022, 11% a mais que o aportado de 2017 a 2019.

Metade do montante, segundo a marca, será destinado ao aumento do uso de fontes renováveis. A companhia deve aplicar o equivalente a R$ 67 bilhões para desenvolver 14,1 GW em capacidade de energia renovável até 2022. Em contrapartida, a Enel quer reduzir a produção de energia de carvão em 74% no período. A meta da empresa é ter toda sua energia vinda de fontes renováveis até 2050.

A produção vinda do mineral será reduzida especialmente em Chile, Espanha e Itália, de acordo com Francesco Starace, diretor-executivo do grupo. O plano da empresa, segundo ele, é desativar as plantas de carvão até 2030. No Brasil, a empresa constrói hoje o maior parque eólico e o maior solar da América do Sul, ambos no Piauí. O solar, chamado de São Gonçalo, terá 608 MW de capacidade instalada quando estiver em operação, em 2020.

Já o parque eólico Lagoa dos Ventos, será o maior da empresa no mundo. Quando estiver concluído, em 2021, terá 717 MW de capacidade instalada. A empresa controla hoje quatro distribuidoras no Brasil, incluindo a antiga Eletropaulo. Há também operações no Rio de Janeiro, no Ceará e em Goiás. A base total de clientes atendidos no país, segundo a companhia, é de cerca de 18 milhões.

A expectativa da ​Enel é que o Brasil amplie sua participação no EBITDA (lucro antes de juros impostos depreciação e amortização) global da companhia dos atuais 9% para 14% em 2022. A parcela da América Latina deverá passar de 30% para 34%. A empresa estima que o EBITDA global chegue a € 58 bilhões (R$ 270 bilhões) em 2022.

Questionado por investidores sobre riscos políticos e econômicos em países da América Latina, Starace elogiou a política econômica do governo brasileiro."Os resultados das reformas de Bolsonaro têm sido espetaculares. Ninguém teve capacidade de implementar uma reforma da Previdência [como a que foi feita]. Os primeiros passos são encorajadores. Agora esperamos uma reforma fiscal [em 2020], mas o mais difícil já foi aprovado. O Brasil para a gente não é a maior preocupação".
*O repórter viajou a convite da Enel

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