Entenda por que o Twitter virou X: usuários relatam volta da rede social
Plataforma foi bloqueada no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF
Bloqueado no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X é uma empresa que pertence a Elon Musk. O bilionário adquiriu o antigo Twitter e mudou o nome da plataforma em 24 de julho de 2023. O empresário sul-africano teve seu negócio vetado no país em 30 de agosto, após desobedecer ordens judiciais da Corte brasileira. Na manhã desta quarta-feira, usuários relatam que a rede social voltou a funcionar.
A mudança de nome da plataforma causou surpresa. Nenhuma grande rede social passou por tal mudança de nome antes – pelo menos não enquanto tinha dezenas de milhões de usuários ativos, ressaltou o The New York Times na época.
A modificação tinha um objetivo: Musk é fascinado pela letra e afirmou ter feito a mudança para tornar a plataforma mais moderna e com espaço para outros recursos, como marketplace e serviços de pagamento.
Por que X foi bloqueado no Brasil?
O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão total da rede social X no Brasil após a plataforma descumprir a ordem dada em 28 de agosto para indicar um representante legal no país no prazo de 24 horas.
Moraes determinou a suspensão imediata, completa e integral do funcionamento da rede social até que todas as ordens judiciais dadas por ele sejam cumpridas, as multas devidamente pagas e seja indicado, em juízo, a pessoa física ou jurídica representante em território nacional. Em 31 de agosto, a plataforma ficou totalmente fora do ar no país.
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Moraes desbloqueia contas do X e Starlink
Na semana passada, Moraes chegou a bloquear as contas do X e da Starlink no Brasil. A medida foi tomada para garantir o pagamento de multas que haviam sido impostas ao X, por descumprimento de decisões do STF. As duas empresas têm o mesmo dono, o empresário Elon Musk. Foram transferidos para a União R$ 11 milhão da Starlink e R$ 7,2 milhões do X.
Após a movimentação ser concluída, Moraes determinou o desbloqueio das contas e dos ativos financeiros das duas empresas no Brasil.
Descumprimento de ordens judiciais
Na decisão que determinou o bloqueio do X, Moraes considerou os "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e inadimplemento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e “terra sem lei” nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024".
Segundo Moraes, há um perigo iminente na instrumentalização do X por "grupos extremistas e milícias digitais nas redes sociais, com massiva divulgação de discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio, antidemocráticos, inclusive no período que antecede as eleições municipais de 2024".
Moraes havia intimado o empresário Elon Musk, através da própria rede social, a fazer a indicação de um representante legal após uma série de descumprimentos de decisões judiciais dadas pelo ministro do STF. A suspensão da rede social é mais um capítulo de uma série de embates entre o magistrado e o empresário sul-africano.
Após expirar o prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o X indicasse um representante legal no Brasil, a rede social publicou uma nota dizendo esperar que tenha seus serviços suspensos no país.
Em nota publicada na própria plataforma, o perfil da empresa chama as decisões de Moraes de "ilegais" e "censura".
"Em breve, esperamos que o Ministro Alexandre de Moraes ordene o bloqueio do X no Brasil – simplesmente porque não cumprimos suas ordens ilegais para censurar seus opositores políticos. Dentre esses opositores estão um Senador devidamente eleito e uma jovem de 16 anos, entre outros", diz o texto.
Usuários relatam volta do Twitter
Parte dos usuários do X relata que a rede social voltou a funcionar nesta quarta-feira. A volta do X é o assunto mais comentado na rede social. "O Twitter voltou", com o nome antigo da plataforma, e ocupa o primeiro lugar nos trending topics. Em segundo lugar está Bluesky, a rede social que mais ganhou usuários no país durante o bloqueio determinado pelo STF.