Equinor, Statoil e Petrobras pretendem construir gasoduto de meio bilhão de reais
Empresas assinaram carta de intenção com a construtora Azevedo & Travassos para escoar gás do pré-sal
A construtora Azevedo & Travassos assinou uma carta de intenção para construir um gasoduto para o consórcio formado por Equinor, Repsol e Petrobras com o objetivo de transportar o gás produzido na área B-M-C 33, no pré-sal da Bacia de Campos. O acordo é estimado em R$ 500 milhões e envolve ainda o desenvolvimento de instalações em Macaé, no norte fluminense.
O bloco fica a 200 km de distância da costa do Rio de Janeiro e a 2.900 metros de profundidade e tem reservas estimadas acima de um bilhão de barris de óleo equivalente. A área é formada por um consórcio entre Equinor (35%), que é a operadora, Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobras (30%).
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Segundo as petroleiras, a área tem capacidade de escoamento estimada em 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, número que equivale ao consumo de todo o estado de São Paulo. O desenvolvimento da área vai de US$ 9 bilhões e tem o potencial para criar 50 mil empregos ao longo de todo o clico de exploração e produção, segundo as companhias.
Recentemente, a Equinor, por ser a operadora, apresentou para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) as declarações de comercialidade de duas áreas de desenvolvimento do bloco, que terão os nomes de Raia Manta e Raia Pintada. A expectativa é que a produção na área comece em 2028. A estimativa é que o gasoduto entre o bloco de petróleo em alto-mar e Macaé tenha uma extensão de 200 quilômetros.
A Azevedo & Travassos é uma empresa de construção pesada com capital aberto e fundada há 102 anos. Em junho deste ano, a A&T relançou a subsidiária Azevedo & Travassos Petróleo, que entre os anos 1970 e 1980 atuou no setor de óleo e gás.
Em agosto deste ano, a Azevedo & Travassos assinou um memorando de entendimentos para desenvolver estudos técnicos, jurídicos e financeiros para definir uma futura parceria comercial visando a exploração dos campos de petróleo operados pela Petroil, dona de oito concessões de blocos exploratórios.
Depois, em outubro, a empresa assinou outro memorando de entendimentos para comprar parte ou todas as ações da Nion Energia, assim como ativos. A Nion tem seis contratos de concessões de blocos em terra e produção de 230 barris de óleo equivalentes por dia.