Juros

Equipe econômica vê espaço para taxa de juros cair a 12% até o fim do ano

Selic está em 13,75% ao ano e governo vê melhora da inflação como boa notícia

Sede do Banco Central, em Brasília Sede do Banco Central, em Brasília  - Foto: Andressa Anholete

A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê espaço para que a taxa básica de juros da economia, a Selic, termine 2023 em 12% ao ano. considerando os atuais índices de inflação e os sinais do Banco Central (BC). Hoje, os juros estão em 13,75%, patamar criticado recorrentemente pelo governo. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, é alvo constante de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa do mercado é que a Selic comece uma queda gradual a partir de agosto. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central está marcada para a semana que vem. Nessa reunião, o governo espera que o Copom sinalize claramente uma queda de juros no encontro seguinte.

Para integrantes da Fazenda, inflação está liquidada e números como a deflação do IGPM mostram isso. Foi uma deflação de 1,84% em maio, após ter recuado 0,95% em abril. Não haveria razões para manter a taxa em 13,75%, segundo esse entendimento. O IPCA, que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,23% em maio deste ano, numa tendência de queda.

A Fazenda tenta sensibilizar o BC com dados, além da inflação, como a aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara e a visão de que o crescimento da economia no próximo ano dependerá de uma redução dos juros.

Campos Neto disse recentemente que as expectativas de inflação de longo prazo ainda estão altas, “mas devem cair”.

Haddad e Campos Neto conversam com frequência, mas a maior relação da Fazenda com o BC é por meio do secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo. Galípolo, por sua vez, foi indicado para a diretoria de Política Monetária do banco e é o nome mais cotado para a presidência da autarquia a partir de 2024, quando termina o mandato de Campos Neto.

A chegada de Galípolo ao BC é esperada no governo como forma de aprofundar o debate por dentro sobre a política monetária e ampliar o diálogo nesse sentido. O seu nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado, o que não deve acontecer antes da reunião do Copom de junho.

Embora Galípolo já seja hoje um dos principais responsáveis pela ponte entre o BC e o restante do governo, ele terá mais influência estando dentro da instituição, segundo membros do Executivo.

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