Procon-PE alerta

Estabelecimento que não precificar produtos pode ser alvo de multa de até R$ 10 milhões

Órgão fiscalizador autuou diversos estabelecimentos no Recife que comercializavam produtos sem preço

Procon autuou diversos estabelecimentos no Recife que comercializavam produtos sem preçosProcon autuou diversos estabelecimentos no Recife que comercializavam produtos sem preços - Foto: Divulgação

O órgão de Proteção e Defesa do Consumidor em Pernambuco (Procon-PE) alerta que a não precificação de produtos é ilegal, passível de processo administrativo e multa que pode checar a quase R$ 10 milhões. A penalidade é prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e foi reforçada após o órgão fiscalizador no Estado autuar diversos estabelecimentos no Recife que comercializavam produtos sem preço.

"O consumidor tem direito à clareza do produto, serviço, do volume, tipo e preço. O consumidor não pode passar o constrangimento de ter que perguntar o valor do produto. Ele deve exigir que o fornecedor coloque o preço. Registrada essa omissão de preço no Procon, o estabeleciemento é autuado", afirmou o gerente de Fiscalização do Procon-PE, Pedro Cavalcanti.

Durante ação do órgão, foram encontrados alimentos pet, suplementos alimentares, bicicletas e acessórios não precificados. Os locais, cujos nomes não foram divulgados, receberam notificação e vão responder a um processo administrativo.

"As penalidades começam a partir da advertência e podem chegar a multas que variam de R$ 1.050 a quase R$ 10 milhões. Os valores dependem do porte econômico da empresa, do grau de lesão à sociedade e da reincidência da irregularidade", afirmou Pedro Cavalcanti. 

De acordo com o órgão, de janeiro deste ano até agora, 118 estabelecimentos foram autuados no Recife e na Região Metropolitana pela inexistência de precificação. A irregularidade também tem sido verificada nas redes sociais.

"No comércio online, em redes sociais, as pessoas divulgam seus produtos e informam o preço no direct, mas isso deixa o valor subjetivo. Você pode entrar no chat e ele passar o valor do produto de R$ 100 e ele olhar o perfil de outra pessoa e passar o preço por R$ 150. É ilegal. O certo é divulgar o preço no anúncio", alertou o gerente de Fiscalização do Procon-PE.

O CDC prevê que os preços dos produtos devem ficar visíveis aos consumidores, garantindo clareza. Em caso de divergência de preços para o mesmo produto, por exemplo, o cliente pagará o menor valor dentre eles. A ação é prevista no art. 5º da Lei nº. 10.962/2004.

O consumidor pode denunciar a irregularidade por meio do 0800-282.1512 ou pelo Whatsapp (81) 3181-7000.

Veja também

Inflação continua uma preocupação nos EUA, afirma diretora do Fed que teve voto conservador
federal reserve

Inflação continua uma preocupação nos EUA, afirma diretora do Fed que teve voto conservador

Petróleo fecha em queda, com correção após avanço e fortalecimento do dólar
MERCADO

Petróleo fecha em queda, com correção após avanço e fortalecimento do dólar

Newsletter