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Investimentos

Estaleiro pernambucano NX Boats vai ampliar fábrica e incorporar novos produtos

Parque fabril vai ganhar mais dez mil metros quadrados, e a nova linha de produção vai exigir mais 100 funcionários

A empresa pernambucana completou dez anos este ano com a marca de duas mil unidades produzidasA empresa pernambucana completou dez anos este ano com a marca de duas mil unidades produzidas - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

O estaleiro pernambucano de iates NX Boats, que já fabricou e entregou mais de dois mil barcos em mais de 17 países, se prepara para expandir seu catálogo de produtos. O NX Boats, ampliará de onze para 15, dentro dos próximos dois anos, os tipos de embarcações que fabrica. Para isso, a empresa ampliará também seu parque fabril, no bairro da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, de 30 mil metros quadrados em área construída para 40 mil metros quadrados. 

De acordo com o que afirmou o CEO e fundador da empresa, Jonas Moura, os novos modelos são os iates NX310, NX350, NX 44 Sportfly, e, para 2026, o NX60, este último em parceria com a Pininfarina. “A partir de janeiro, a gente começa a expansão da nossa planta fabril, exatamente para condicionar a linha de produção da NX60”, afirmou Moura. 

Para toda a linha de produção que o estaleiro lança, segundo o CEO, tem que obrigatoriamente contratar mais funcionários. “Provavelmente, quando a gente iniciar o projeto, a linha de produção da NX60 vai exigir, no mínimo, mais 100 funcionários”, adiantou ele.

A ampliação da planta fabril está marcada para o próximo ano e tem como finalidade atender a parceria, firmada recentemente, entre a NX Boats e a empresa italiana de automóveis e design Pininfarina, que já assinou desenhos de modelos para automóveis de marcas como a Ferrari. Será a segunda parceria entre o estaleiro pernambucano e a quase centenária italiana, a primeira foi o NX44 Pininfarina, lançado no início deste ano.

O NX Boats emprega de forma direta cerca de 700 funcionários e já entregou mais de duas mil embarcações. A produção chega a 400 barcos por ano, e 30% deles são vendidos a outros países, como os Estados Unidos, onde a empresa conta com uma operação própria, a NX Boats USA.

“A gente começou a operação nos Estados Unidos há dois anos, quando a montamos a NX Boats USA, que pertence ao grupo NX, mas que tem os próprios funcionários, a equipe que toca a operação. Toda a distribuição na América do Norte e América Central é feita pela NX USA. Nestes dois anos, a gente conseguiu colocar 100 barcos em solo americano, tudo produzido aqui, e que vão de navio pelo Porto de Suape. Hoje, somos o estaleiro brasileiro com maior penetração nos Estados Unidos”, expôs Jonas.

Mercado Nacional

O estaleiro, que acaba de completar dez anos de atividades, é uma das três maiores fábricas do setor no Brasil e a maior na produção de barcos de 50 pés. Ainda de acordo com o Moura, a maior parte das vendas no País se concentra nos estados de São Paulo e Paraná, mas o crescimento maior da náutica não se dá no litoral.

“São Paulo e Paraná detêm o maior crescimento náutico. Onde mais a náutica cresce no Brasil não é no mar, nem no litoral, são nos interiores. Hoje, tem-se os maiores crescimentos no interior do Paraná, em Maringá, Londrina, regiões que têm rios, represas, e onde têm se criado condomínios com estruturas náuticas. Quando se tem estrutura, o mercado náutico cresce”, explicou.

No Nordeste, que responde por 20% do faturamento da empresa, os maiores mercados consumidores dos produtos da empresa são Pernambuco, que responde por 7% das vendas, e Bahia. Jonas Moura chamou a atenção para a necessidade de incentivos para o setor, citando exemplos de estados do Sul. 

“O benefício Pró Náutica, de Santa Catarina, é o melhor do Brasil, tanto que hoje 70% dos estaleiros, principalmente os novos, se concentram no estado. Foi algo muito acertado do Governo de Santa Catarina. O Paraná agora instituiu um benefício melhor ainda. Então, está muito claro que é um mercado que emprega muito e precisa ser visto com mais atenção pelo governo, no sentido de trazer mais incentivos, porque quanto mais forte o estado fica na náutica, maior o número de empregos”, pontuou o empresário.

 

 

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