Logo Folha de Pernambuco

banco central

Estoque de crédito no Brasil sobe 1,2% em novembro, diz BC

Crédito às pessoas jurídicas aumentou 9,3%

Banco Central do BrasilBanco Central do Brasil - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O estoque total das operações de crédito alcançou R$ 6,3 trilhões, em novembro, representando aumento de 1,2% na comparação com o mês de outubro, informou hoje (27) o Banco Central. Esse resultado decorreu dos aumentos de 1,4% no crédito às empresas e 1,0% no crédito às famílias, cujos saldos ficaram em R$ 2,4 trilhões e R$ 3,9 trilhões, respectivamente. 

Em 12 meses, houve uma ligeira aceleração, com alta de 10,7% nos 12 meses até novembro, após crescimento de 10,6% nos 12 meses até outubro. 

Segundo o BC, o crédito às pessoas jurídicas aumentou 9,3%, em novembro, ante 8,6% no mês anterior, enquanto o saldo para pessoas físicas desacelerou de 11,8% até outubro para 11,6% até novembro.

O crédito com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, cresceu 1,1% no mês e 11,3% em 12 meses, totalizando R$ 2,7 trilhões em novembro.

“Por segmento, o crédito direcionado às empresas avançou 1,5% no mês e 9,3% em 12 meses, situando-se em R$ 880,4 bilhões. Nas operações às famílias, o estoque alcançou R$ 1,8 trilhão, com altas de 0,9% e 12,4%, no mês e em 12 meses, na ordem”, disse o BC.

Em novembro, o estoque das operações de crédito com recursos livres, negociados livremente entre bancos e tomadores, às pessoas físicas somou R$ 2,1 trilhões, um aumento de 1,1% em relação a outubro e de 11,0% em 12 meses.

“Esse resultado foi impulsionado pelas modalidades de cartão de crédito à vista, aquisição de veículos e crédito pessoal não consignado, que tiveram incrementos respectivos de 2,0%, 1,5% e 1,2%”, informou o BC.

Já o crédito livre para pessoas jurídicas cresceu 1,3% no mês e 9,3% em 12 meses, alcançando R$ 1,5 trilhão. O BC informou que esse desempenho foi impulsionado pela evolução das carteiras de desconto de duplicatas e outros recebíveis, que apresentaram alta de 7,1%, e de capital de giro com prazo inferior a 365 dias, com alta de 6,6%.

No total, o estoque de crédito livre somou, em novembro, R$ 3,7 trilhões, um incremento de 1,2% no mês e de 10,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Inadimplência
A taxa de inadimplência do saldo total de crédito do país apresentou uma leve redução de 0,1 ponto percentual (p.p.) em novembro e de 0,3 p.p. em 12 meses. Segundo o BC, com o resultado, a inadimplência, considerados os atrasos superiores a 90 dias, alcançou 3,1% da carteira total de crédito do país.

No mês passado, a inadimplência no crédito às empresas e no crédito às famílias do Sistema Financeiro Nacional (SFN) manteve-se estável em 2,3% e 3,7%, respectivamente. No intervalo de 12 meses, as reduções foram de 0,5 p.p. para as empresas e de 0,1 p.p. para as famílias.

Juros
O relatório do BC, aponta que a taxa média de juros das concessões atingiu 28,6% ao ano (a.a.) em novembro, com alta mensal de 0,5 p.p. em relação a outubro e redução de 0,5 p.p. no período de 12 meses.

Para as empresas, a taxa média de juros subiu 0,4 p.p. no mês e 0,1 p.p. em 12 meses, situando-se em 19,4% a.a. Nas operações destinadas às famílias, a taxa média aumentou 0,5 p.p. no mês e alcançou 33,0% a.a., com decréscimo de 1,0 p.p. em 12 meses.

O BC disse ainda que o spread bancário, diferença entre as taxas médias de juros praticadas nas operações de crédito e o custo de captação, alcançou 18,6 p.p. em novembro, com alta de 0,2 p.p. no mês e redução de 1,4 p.p. na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Em relação ao crédito livre, aquele negociado livremente entre bancos e tomadores, a inadimplência recuou 0,1 p.p. no mês e 0,5 p.p. em 12 meses, situando-se em 4,3% da carteira.

A taxa de inadimplência da carteira livre destinada às pessoas jurídicas alcançou 2,8%, reduções de 0,1 p.p. no mês e de 0,8 p.p. em 12 meses, enquanto nas operações às pessoas físicas manteve-se estável no mês, com recuo de 0,4 p.p. em relação a novembro de 2023.

Saldo
O BC disse que em novembro, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu R$18,2 trilhões, com crescimento de 1,9% no mês, resultante das altas de 4,9% nas captações externas – refletindo a depreciação cambial de 4,8% no período –, de 1,1% nos empréstimos e de 1,2% nos títulos de dívida.

Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 14,9%, com avanços de 15,3% nos títulos de dívida, de 10,4% nos empréstimos e de 24,1% nas captações externas.

O crédito ampliado às empresas somou R$ 6,5 trilhões em novembro, um acréscimo de 2,6% no mês, ressaltando-se as expansões de 1,8% nos empréstimos, de 1,5% nos títulos de dívida e 4,5% nas captações externas. Em relação a novembro de 2023, o crescimento de 18,2% da carteira decorreu, principalmente, das elevações de 27,5% em títulos de dívida e de 22,0% nos componentes da dívida externa.

O crédito ampliado às famílias atingiu R$ 4,2 trilhões, com expansões de 1,1% no mês e de 11,8% em 12 meses, refletindo, basicamente, o desempenho dos empréstimos do SFN.

Veja também

Recife ultrapassa 102 mil empregos formais nos últimos quatro anos
Empregos

Recife ultrapassa 102 mil empregos formais nos últimos quatro anos

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares
MOEDA

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Newsletter