Economia

'Eu não pedi demissão, em momento nenhum pedi demissão', esclarece Guedes

Ministro Paulo Guedes negou sua saída do governoMinistro Paulo Guedes negou sua saída do governo - Foto: Reprodução / TV BRASIL

Após a debandada de sua equipe do Ministério da Economia e dos rumores de que teria pedido demissão, o ministro Paulo Guedes negou a sua saída do cargo. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (22), após breve encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que durou pouco mais do que meia hora.

"Eu não pedi demissão, em momento nenhum eu pedi demissão", esclareceu Guedes. "Nós vamos continuar trabalhando. É um governo que trabalha até o final", frisou. 

Guedes criticou a imprensa pela repercussão da crise política enfrentada em sua pasta. "Todos nós erramos uma vez ou outra. E aí estou sendo condenado porque trabalho em um governo democrático? Eu acredito na imprensa, mas tem gente que está militando na imprensa. Eu acredito no Congresso. Eu devo pedir demissão porque estamos gastando R$ 30 bilhões a mais? Estou servindo a fins eleitorais? Eu estou fazendo o que de errado?", questionou.

Conversa com Bolsonaro
"A conversa com o presidente é a conversa minha com o presidente. Dito isso, eu não recebi surpresa nenhuma quando cheguei aqui", afirmou, negando que sua demissão tivesse sido ventilada no encontro.

"Isso é conversa nossa, mas sobre o fenômeno em si a conversa é simples. É sobre como vamos atender milhões de brasileiro agora que o gás subiu e a comida subiu, como é que a gente atende essa gente aí", disse.

Política x Economia
"É claro que toda vez que a ala política pede pra gastar um pouco mais - alegando que isso é bom - a ala econômica responde sempre assim: 'olha, você acha que vai ajudar, a inflação sobe, o câmbio aumenta. Isso é uma conversa antiga, todo mundo sabe como é que é", disse, referindo-se ao impacto econômico dos programas sociais anunciados e a pressão da bancada governista no Congresso em relação ao Ministério da Economia.

"A políca testa limites da economia", avaliou. "Eles testam, o mercado reage. Uma coisa é a realidade, outra coisa é a narrativa", ponderou.

Inflação
"Toda vez que tiver aumento localizado, comida, material de construção, é temporário. Mas se está subindo generalizado, tem que olhar para o Banco Central. O fiscal, quando eu saí para ir aos Estados Unidos, estava super arrumado", disse, apontando que o aumento da inflação é um fenômeno global.

"Está subindo no mundo inteiro. (...) Cada um tem que fazer o seu trabalho. Se o fiscal piorou um puco, tem que correr um poquinho mais com o juros também", sentenciou Guedes. 

 

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