Suborno

EUA acusa ex-chefe da FTX de subornar autoridades chinesas

Bankman-Fried autorizou a transferência para obter acesso a mais de 1 bilhão de dólares (R$ 5,5 bilhões) em criptomoedas nas contas controladas pela Alameda

O ex-chefe da FTX, Sam Bankman-Fried, autorizou subornos de pelo menos US$ 40 milhões a autoridades chinesasO ex-chefe da FTX, Sam Bankman-Fried, autorizou subornos de pelo menos US$ 40 milhões a autoridades chinesas - Foto: Ed Jones/AFP

Autoridades dos Estados Unidos alegaram que o ex-chefe da FTX, Sam Bankman-Fried, subornou autoridades chinesas com ao menos US$ 40 milhões (R$ 206,9 milhões) para recuperar o acesso a ativos congelados pelo governo da China, de acordo com uma acusação apresentada nesta terça-feira (28).

Com base nessa informação, o gabinete do promotor federal de Manhattan, Damian Williams, acrescentou o crime de corrupção às acusações que já pesavam sobre Bankman-Fried, cujo julgamento está previsto para outubro em Nova York.

De acordo com o documento acrescentado ao processo, em 2021, Bankman-Fried autorizou a transferência da quantia para obter das autoridades chinesas o acesso a mais de 1 bilhão de dólares (R$ 5,5 bilhões) em criptomoedas nas contas controladas pela Alameda, sua empresa de investimentos.

Segunda maior plataforma de compra e venda de criptomoedas do mundo, a FTX quebrou em novembro, vítima de uma crise de confiança e demandas de saques massivos de seus clientes.

Bankman-Fried e outros diretores da empresa são acusados de terem utilizado as contas de seus clientes da FTX sem o consentimento dos usuários, para alimentar operações especulativas da Alameda.

Extraditado das Bahamas para os Estados Unidos em dezembro, "SBF", como é conhecido popularmente, pode passar décadas na prisão.

Também acusados, outros dois ex-executivos da FTX e da Alameda, Gary Wabg e Caroline Ellison, se declararam culpados de várias acusações e aceitaram colaborar com as autoridades americanas, diferentemente de SBF que nega as acusações.

O empresário, que chegou a ter uma fortuna estimada em 26 bilhões de dólares (R$ 134,4 bilhões no câmbio atual), também é acusado de ter investido, sem autorização, fundos de clientes da FTX em bens imobiliários nas Bahamas.

O promotor federal de Manhattan o acusa também de ter realizado doações a dirigentes políticos democratas, incluindo o atual presidente Joe Biden, durante sua campanha presidencial.

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