EUA pede que Paquistão, devastado por enchentes, busque alívio da dívida com a China
Cerca de 1.600 pessoas morreram durante as inundações no Paquistão
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, incentivou nesta segunda-feira (26) o Paquistão a buscar o alívio da dívida com a China, enquanto o país luta para se recuperar das graves inundações.
Blinken indicou que os Estados Unidos dariam um apoio significativo ao Paquistão, em um momento em que um terço do país asiático encontra-se submerso: uma área equivalente à do Reino Unido.
"Nossa mensagem é simples. Estamos presentes para o Paquistão, como estivemos em catástrofes naturais anteriores, e estamos projetando a reconstrução", disse o chefe da diplomacia americana após um encontro com seu colega paquistanês, Bilawal Bhutto Zardari.
"Também pedi aos nossos colegas que conversem com a China sobre algumas das questões importantes de alívio da dívida e reestruturação para que o Paquistão possa se recuperar mais rapidamente das inundações", acrescentou.
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A China é um importante parceiro econômico e político do Paquistão, por onde passa um projeto de "corredor econômico" de mais de US$ 54 bilhões que busca ligar o oeste da China ao Oceano Índico.
Os Estados Unidos, cuja aliança com o Paquistão passa por momentos difíceis, repete que o projeto beneficiaria Pequim, enquanto Islamabad ficaria com uma dívida insustentável.
Cerca de 1.600 pessoas morreram durante as inundações no Paquistão, que forçaram o deslocamento de cerca de 7 milhões de pessoas, com temores de que tal catástrofe se repita com mais frequência devido às mudanças climáticas.
Washington prometeu entregar US$ 56 milhões em ajuda humanitária e enviou 17 aviões cheios de comida para o Paquistão.