Ex-presidente do Banco Central, Elmo de Araújo Camões morre aos 94 anos
Elmo Camões foi presidente da instituição entre março de 1988 e junho de 1989
O ex-presidente do Banco Central (BC) Elmo de Araújo Camões morreu aos 94 anos nesta quarta-feira (26). Camões foi presidente da instituição entre março de 1988 e junho de 1989.
Em nota, a diretoria do Banco Central prestou solidariedade aos familiares e amigos de Camões e disse que sua gestão foi marcada por um “empenho incansável”.
“Presidindo o Banco Central entre março de 1988 e junho de 1989, Camões marcou sua gestão pelo empenho incansável no aumento da eficiência do sistema financeiro nacional e trabalhou com afinco na busca de soluções para o então grave problema do endividamento externo brasileiro”, diz a nota.
Camões era funcionário de carreira do Banco do Brasil, passou pelo Banespa nos anos 70 e foi diretor da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, como mostra a biografia disponibilizada pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV.
Depois da aposentadoria em 1978, Camões passou a trabalhar no setor privado e foi diretor-presidente do Banco Société Génerale e, nos anos 80, ocupou cargos na diretoria da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Leia também
• 'Além de amortecedor, agora eu sou um para-raio do Posto Ipiranga', diz Ciro Nogueira sobre Guedes
• Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,9 bilhões
• Tesouro Direto atinge vendas de R$ 3,293 bilhões em dezembro
O atual presidente da Febraban, Isaac Sidney, também emitiu uma nota de pesar em que ressaltou a carreira de Camões e seu papel na modernização do sistema bancário brasileiro.
“Com pesar, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) lamenta a perda de Elmo Camões, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que deixa importante legado ao Setor Financeiro Nacional na extensa carreira”, apontou.
Antes de assumir a presidência do BC, Camões comandou a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) entre 1987 e 1988, que também se solidarizou aos familiares e amigos.
“À frente da ABBC, Camões trabalhou para que os associados, notadamente as instituições financeiras regionais, expandissem sua atuação, aproximando as agências do centro econômico-financeiro do País. Essa medida permitiu que um número cada vez maior de bancos tivesse acesso à captação da poupança e viabilizasse operações no exterior”, diz a nota.