Logo Folha de Pernambuco

tecnologia

Facebook derruba contas pró-Trump criadas na Romênia

Foram atingidas 35 contas e 3 páginas do site, além de 88 contas do Instagram

Donald Trump, presidente dos EUADonald Trump, presidente dos EUA - Foto: Mandel Ngan/AFP

O Facebook removeu nesta quinta-feira (6) uma série de contas e páginas criadas na Romênia que se faziam passar por americanos apoiadores de Donald Trump e compartilhavam conteúdo a favor da reeleição do republicano.

Foram atingidas 35 contas e 3 páginas do site, além de 88 contas do Instagram. O Facebook agiu baseado em uma regra da plataforma que proíbe o chamado "comportamento inauntêntico" -quando contas dizem ser de lugares diferentes de onde foram criadas.

Além de apoio a Trump, as publicações tinham conteúdo conservador, cristão e relacionado à teoria de conspiração Q-Anon, cujos seguidores acreditam que existe um "Estado profundo" nos EUA que controla o país nos bastidores.

 



O alcance das contas era pequeno, com apenas 8.800 seguidores no total nas duas plataformas.

De acordo com Nathaniel Gleicher, chefe de políticas de segurança do Facebook, a empresa não sabe dizer se o grupo romeno agia por dinheiro, ideologia ou a mando de algum governo.

Também não há suspeitas de relação do grupo com empresas conhecidas por vender likes e seguidores.

"Uma ação enganosa como essa confunde o debate público saudável com a manipulação", disse o executivo.

A empresa fundada por Mark Zuckerberg já atuou para derrubar redes maiores. Em dezembro de 2019, o Facebook descobriu um esquema que utilizava rostos gerados por computador para disseminar mensagens de apoio a Trump e contra a China.

Na época, 610 contas, 89 páginas, 156 grupos e 72 contas do Instagram foram excluídas.

"Embora seja difícil definir motivações, o comportamento ainda viola nossas políticas e podemos derrubar o conteúdo, não importa de que lado eles estejam", afirma Gleicher.

O Facebook e outras empresas do ramo, como Twitter, sofrem cada vez mais escrutínio do governo americano. De um lado, os democratas exigem que as empresas façam mais para conter o avanço das campanhas de desinformação e fake news. Do outro, os republicanos acusam os gigantes da tecnologia de ter um viés anti-conservador.

Na quarta (5), o Facebook excluiu pela primeira vez um vídeo publicado por Trump com informações falsas sobre o coronavírus "por violar regras contra o compartilhamento de desinformção". O presidente afirmava que crianças são "quase imunes" à Covid-19. Não há evidências que comprovem a tese.

Em maio de 2020, quando os primeiros protestos em reação à morte de George Floyd irromperam nos EUA, o Twitter colocou um alerta de "glorificação de violência" em dois tuítes de Trump.

O presidente escreveu "quando começam os saques, começam os tiros", em ameaça aos manifestantes antirracistas. A frase é atribuída ao chefe da polícia de Miami nos anos 1960, Walter Headley, um policial branco conhecido pela violência contra manifestantes negros do movimento dos direitos civis.

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter