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Fazenda diz que estimativa do PIB deve ser revista para cima, após resultado melhor que esperado

Pasta diz que taxa de estará garantida, mesmo que o PIB fique estagnado durante o segundo semestre

Ministério da FazendaMinistério da Fazenda - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após a divulgação do PIB acima do esperado no segundo trimestre, o Ministério da Fazenda divulgou nota para dizer que a estimativa de crescimento de 2,5% este ano está com "viés positivo". Pelas contas da pasta, se a economia ficar estagnada durante todo o segundo semestre, o crescimento será de 3,1%.

"Com a divulgação do crescimento de 0,9% no segundo trimestre, o carry-over para o ano é de 3,1%. Esse resultado confere viés positivo para a estimativa de crescimento da SPE, de 2,5% em 2023.", disse a nota da Secretaria de Política Econômica (SPE).O número supera a atual projeção de mercado, que está em 2,3%.

A análise é a mesma do Ministério do Planejamento, que também estima crescimento em torno de 3%, mesmo que aconteça estagnação nos últimos dois trimestres do ano.

"Mesmo se não houver elevação da atividade para os outros trimestres do segundo semestre de 2023, o PIB brasileiro irá crescer 3,0%" disse o ministério em nota.

A Fazenda, contudo, espera uma leve retração no terceiro trimestre, com nova alta no quarto. Ainda que a Selic tenha começado a cair, a pasta atribui à política monetária contracionista uma das principais causas para a desaceleração prevista. Os investimentos são os mais afetados pelos juros.

"Para o 3T23, a perspectiva é de redução do ritmo de crescimento na margem, seguida de leve recuperação no último trimestre do ano. As tendências de desaceleração da atividade em Serviços e de retração da Indústria de transformação, já observadas desde meados de 2022 na comparação interanual, devem seguir até o final do ano. Essa dinâmica reflete, pelo lado da demanda, a retração dos investimentos.

O Planejamento chamou atenção para o aumento no consumo das família no segundo trimestre. "Os componentes da demanda mostram crescimento, destacando o vigor do consumo das famílias que já cresceu 1,7% em relação ao final do ano passado, e o forte desempenho das exportações, que aumentou mais de 3,0% neste período"

O Produto Interno Bruto (PIB, valor de todos os bens e serviços produzidos no país) cresceu 0,9% ante o primeiro trimestre, abaixo do avanço do 1,8% registrado nos três primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1°) pelo IBGE. Resultado foi puxado por serviços e indústria. Agropecuária foi o único setor que caiu.

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