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DESONERAÇÃO

Febraban apresenta apelo para governo rever aumento das alíquotas de CSLL e JCP

Nesta sexta, o presidente da Federação frisou que proposta, se aprovada, vai pressionar o custo do crédito

Febraban Febraban  - Foto: Reprodução

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou nesta sexta-feira, 13, um apelo para o governo rever a proposta de elevação de tributos que recaem sobre o lucro de empresas e acionistas. O pedido foi feito em reunião com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na sede da entidade na capital paulista.

Entre as medidas para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem, a equipe econômica quer levantar R$ 21 bilhões com a elevação das alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Nesta sexta, após a reunião dos banqueiros com Padilha, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, frisou que a proposta, se aprovada, vai pressionar o custo do crédito.

"Levamos o apelo para revisitar a proposta de aumentar CSLL e JCP. Isso pressiona o custo do crédito bancário. Sentimos disposição do governo em dialogar", declarou Isaac.

Na reunião com o ministro, a Febraban traçou um cenário de crescimento saudável e consistente do crédito, no embalo do aquecimento do mercado de trabalho e de medidas que favoreceram a oferta de financiamentos, como o marco de garantias.

Questionado na entrevista a jornalistas como recebia o pedido dos bancos, Padilha confirmou a abertura ao diálogo, porém sem antecipar se o governo vai buscar outras alternativas para equilibrar as contas. "Vamos discutir, como sempre discutimos", respondeu o ministro.

Conforme Isaac, o mercado de crédito cresce a um ritmo de 10,5% em doze meses, no melhor momento desde a pandemia. "Além de saudável, é um crescimento consistente", frisou.

Ao expressar confiança no empenho do governo em cumprir o arcabouço fiscal, o que ajudaria o Banco Central (BC) na convergência da inflação à meta, o presidente da Febraban afirmou que os bancos não querem conviver com juros altos.

Nesse sentido, ele salientou que houve uma queda nos spreads, isto é, a diferença entre as taxas cobradas aos clientes e as taxas que as instituições financeiras pagam para captar recursos.

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