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Febraban: Novo indicador mostrará fim de "efeito bola de neve" do rotativo

A entidade voltou a dizer que a divulgação de taxas anualizadas de juros da linha não refletem a realidade

FebrabanFebraban - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou nesta segunda-feira, 27, que a tabela que o Banco Central passou a publicar junto das estatísticas mensais de crédito para mostrar quanto os bancos têm cobrado no rotativo do cartão de crédito mostrará que o novo teto acabará com o "efeito bola de neve" da modalidade.

A entidade voltou a dizer que a divulgação de taxas anualizadas de juros da linha não refletem a realidade de como os juros são cobrados.

A tabela referente a abril, publicada pelo BC nesta segunda, aponta que as instituições têm praticado juros que equivalem a algo entre 18,35% e 65,15% do valor das dívidas originais em 99% das operações de crédito rotativo.

A lei aprovada pelo Congresso no ano passado e que entrou em vigor em janeiro determina um limite máximo de 100% do valor das dívidas originais.

"Com o passar dos meses, a tabela mostrará que o novo teto acabará com o 'efeito bola de neve' de juros sobre juros", ou seja, não haverá cobrança superior a 100% em juros e encargos do rotativo do cartão de crédito no novo ranking", disse a Febraban, em nota. A entidade afirma que o novo índice também ajuda a mostrar os encargos exatos das faturas, e melhora a compreensão da nova regra.

O BC continua a divulgar o juro anualizado do rotativo, que em abril foi de 423,5%, alta de 2,2 pontos porcentuais em um mês.

Apesar de parecer que descumpre a regra, não é o caso: desde 2018, os bancos só podem manter os clientes no rotativo por 30 dias, o que significa que os juros efetivamente cobrados são de cerca de 15%. As taxas não caíram após a fixação do teto justamente porque "se enquadram" nele.

A Febraban afirma ainda que a nova tabela mostra de maneira clara como as instituições financeiras estão seguindo a nova regra. Metade das operações de cartão tiveram em média um acúmulo de 8,65% em juros e encargos em relação aos valores originais, e 75% tiveram em média juros de 16,4% do valor original até abril.

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