Fed está preocupado com retomada da inflação, segundo atas de reunião
Os membros do comitê decidiram manter as taxas em seu máximo em mais de 20 anos no dia 1º de maio
A força da economia dos Estados Unidos e uma recuperação da inflação levaram o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a concluir que os avanços contra o aumento de preços estagnaram, segundo trechos das atas de sua última reunião divulgados nesta quarta-feira (22).
Os membros do comitê decidiram manter as taxas em seu máximo em mais de 20 anos no dia 1º de maio, em busca de levar a inflação para sua meta de longo prazo, de 2% anual.
Os trechos das atas, conhecidos como "minutas", do comitê de política monetária do Fed (FOMC, na sigla em inglês) mostram que seus dirigentes entendem que os "dados recentes não aumentaram a confiança de que a inflação esteja se movimentando de forma sustentável para 2%".
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Isso os levou a concluir que "levará mais tempo que o previsto" para se sentirem confiantes de uma moderação no aumento dos preços, segundo o texto.
Alguns integrantes do Fed, inclusive, mencionaram sua predisposição a "endurecer ainda mais a política" monetária.
Em 1º de maio, após a reunião do comitê, o presidente do Fed, Jerome Powell, sustentou que, embora falte "mais tempo que o esperado" para confiar em uma queda da inflação nos Estados Unidos, também é "pouco provável" que haja um novo aumento dos juros.
Os operadores de contratos futuros apontam uma probabilidade de quase 60% para um corte de juros por parte do Fed em meados de setembro, segundo dados reunidos pela empresa especializada CME Group.