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Fernando de Noronha: portaria autoriza projeto de descarbonização pela Neoenergia

Estão previstas a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias

Estimativa é que o Noronha Verde entre em operação no início de 2027Estimativa é que o Noronha Verde entre em operação no início de 2027 - Foto: Neoenergia/Divulgação

Com o objetivo de descarbonizar o arquipélago de Fernando de Noronha, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta sexta-feira (1º), uma portaria que autoriza a Neoenergia Pernambuco a ampliar a geração renovável do local, por meio de energia fotovoltaica e armazenamento por baterias.

A iniciativa faz parte do projeto Noronha Verde, que pretende alcançar até 85% de descarbonização do arquipélago e tornar a Ilha a primeira habitada na América Latina a alcançar a marca. Atualmente, Noronha é majoritariamente abastecida a diesel.

Estão previstas a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias, além de ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica na Ilha.

"Fernando de Noronha é um patrimônio do nosso país. Iniciamos agora a transição energética, que é um passo importante para a sua preservação. O Governo de Pernambuco tem uma visão estratégica para a transição energética no Estado. Desde o início da gestão, estamos investindo no fortalecimento das fontes renováveis, que conversa com a nova economia. Nossa prioridade é que esta transição seja realizada de maneira eficiente, sustentável e promova justiça social e climática", destacou a governadora em exercício, Priscila Krause.

Segundo a Neoenergia, com a substituição do consumo de combustíveis fósseis, mais poluentes, por energia limpa, a medida contribuirá, ainda, na redução de encargos e subsídios na conta de energia, paga por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que subsidia a energia gerada pelo diesel na Ilha.

A estimativa é que o Noronha Verde entre em operação no início de 2027. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 300 milhões.

A iniciativa, que envolve o governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, e o Governo de Pernambuco, será licenciada pela Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), mediante anuência do ICMBio.

A partir da publicação da portaria, a Neoenergia terá 30 dias para apresentar um plano de investimento para o projeto.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforça a relevância do projeto.

"Fernando de Noronha será ainda mais verde, e, hoje, estamos dando um passo importante para isso: impulsionando a transição energética neste patrimônio ecológico natural no nosso país. Autorizamos um dos grandes projetos de geração de energia renovável centralizada, visando a descarbonização da Ilha e o fortalecimento das fontes renováveis no país", destacou o gestor da pasta.

O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, também destacou os impactos positivos da iniciativa tanto regional quanto nacionalmente.

"Este projeto representa um grande avanço para a Ilha e para o setor elétrico nacional, na medida em que viabiliza a produção de energia renovável num sistema isolado como o de Fernando de Noronha. A iniciativa reforça o compromisso da Neoenergia com a sustentabilidade e a inovação em busca de uma transição energética para todos", afirmou Capelastegui.

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