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FGV prevê IPC-S do mês perto de zero, com queda em Habitação e mantido ritmo de alta de carnes

A avaliação é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador do índice, André Braz

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve desacelerar nas próximas semanas e encerrar novembro próximo de zero, caso seja mantida a dinâmica de quedaO Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve desacelerar nas próximas semanas e encerrar novembro próximo de zero, caso seja mantida a dinâmica de queda - Foto: Freepik

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve desacelerar nas próximas semanas e encerrar novembro próximo de zero, caso seja mantida a dinâmica de queda em Habitação (de 0,41% para -0,43%, da primeira para a segunda quadrissemana), devido à redução do preço da energia elétrica residencial com a vigência da bandeira amarela, e de estabilização de Alimentação (de 0,79% para 0,93%), com os preços das carnes apresentando variação próxima ao observado na segunda quadrissemana, de 5,66%.

A avaliação é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador do índice, André Braz.

"A contribuição da Habitação será ainda como âncora, evitando um aumento do IPC-S, e a contribuição de Alimentação será como fonte de pressão, com maior destaque neste mês de novembro", afirma Braz. "Por outro lado, os outros grupos acabam tendo comportamentos mais estáveis frente às últimas apurações, sem grandes novidades", acrescenta.

O economista destaca ainda que a carne acelerou de 5,03% na primeira quadrissemana de novembro para 5,66% na segunda, influenciada pela questão da seca e pelo aumento do volume de exportações, sem deixar de lado o aumento da demanda doméstica.

"Não é típico ver aumentos do preço da carne nessa magnitude, mas isso já se arrasta praticamente desde o mês passado e, pelo visto, vai continuar em novembro, com riscos de se sustentar pelo menos até dezembro, exatamente pela demanda", ressalta.

Para 2024, a expectativa de Braz é de que o índice feche o ano próximo de 4,3% ou 4,4%, com o cenário de estabilização da alta dos preços da carne.
 

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