Indústria

Fiepe: Bruno Veloso quer diálogo e ampliação de rede de negócios para exportação para PE

Novo presidente da Fiepe concedeu entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco e falou sobre planos e expectativas de sua nova gestão

Bruno Veloso, novo presidente da FiepeBruno Veloso, novo presidente da Fiepe - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Empossado como presidente da Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco) no último mês, Bruno Veloso, em entrevista exclusiva para a Folha de Pernambuco nesta quinta-feira (4), falou sobre as prioridades e os próximos planos para o cenário industrial local no seu mandato.

Já tendo sido diretor administrativo e de finanças, Bruno recebeu a “casa” tranquila e bem gerenciada. “Todos os gestores que estão na casa são pessoas bem capacitadas e preparadas, então, agora é seguir essa linha de manter tudo que foi feito e ampliar aquilo que pode ser ampliado”, disse o empresário.

Diálogo facilitado

Os setores público e privado podem esperar um estreitamento de conversa com a nova gestão da Fiepe. “Nós temos os órgãos governamentais e muitas associações empresariais em Pernambuco. Então, nós vamos buscar todas essas entidades para que tenhamos um diálogo em busca de um ambiente de negócios aqui dentro do nosso Estado, para que empresas possam olhar para Pernambuco e encontrar um ambiente favorável para aqui se implantarem”, pontuou.

O intuito da gestão é demonstrar que Pernambuco é o território adequado para que sejam implantadas novas indústrias, mas que continue sendo atrativo para as que já existem. “Temos que ter uma preocupação com as indústrias locais, porque se uma empresa sediada aqui na nossa região encontrar um ambiente mais favorável em outro local, há grandes chances que se mude e, assim, perdemos o patrimônio industrial que já possuímos”, completou.
 

Ampliação da base de produtos

Outra prioridade da gestão é estimular as indústrias do Estado a ampliar a sua base de produtos. “Precisamos também estimular que as indústrias aqui sediadas diversifiquem e inovem sua base produtiva. É necessário que fabriquem mais produtos semelhantes, com uma maior quantidade, para desenvolver seu parque fabril e ocupar novos espaços”, assegurou.

Exportação

O estímulo para a diversificação da produção industrial é um caminho para que Pernambuco tenha um leque mais amplo para a exportação, que é outra linha que a Fiepe está tratando com primazia. “Acreditamos que a exportação é um caminho para o desenvolvimento do nosso Estado. Pernambuco é muito importador e pouco exportador. Isso se dá muitas vezes porque existe um tabu de uma empresa achar que não consegue exportar devido ao seu porte”, comentou o presidente. 

A Fiepe, por meio da Central Internacional de Negócios, tem como meta fazer um mapeamento para saber em que locais os produtos aqui fabricados têm maior mercado. O intuito é cessar as dificuldades, buscando parcerias e dando suporte para que a exportação seja impulsionada no Estado.
Bruno Veloso, presidnete da Fiepe "Vamos buscar as empresas, descobrir onde é que existe um mercado externo para seus produtos e ajudá-las a exportar", pontuou Bruno Veloso, presidnete da Fiepe | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Fiepe como braço direito da indústria

Uma das grandes metas de Bruno à frente do novo cargo é que todo o setor industrial veja a Fiepe como a entidade máxima disposta para defendê-los. “Nós estamos aqui para ser um porta-voz dos problemas e buscar resolver tudo que tiver ao nosso alcance para que as empresas de Pernambuco se sintam bem acolhidas e se desenvolvam cada vez mais” disse à Folha de Pernambuco. 

Nova Indústria Brasil

Sobre o Nova Indústria Brasil, programa do Governo Federal lançado no início deste ano, que tem como objetivo impulsionar a indústria nacional até 2033, Veloso espera vê-lo na prática. "É um grande programa, vai ser muito benéfico para o futuro industrial e econômico do País, mas é preciso vê-lo acontecer. No Brasil, ainda damos passos muito pequenos em relação ao desenvolvimento, mas com os subsídios efetivos aplicados do Nova Indústria Brasil, temos grande chances de evoluir", afirmou. 
 

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