Filtros do Instagram vão sumir a partir desta terça-feira; entenda mudança
Decisão impacta mais de 2 milhões de efeitos desenvolvidos por terceiros, incluindo filtros de beleza
Os filtros de realidade aumentada (AR) criados por usuários não estarão mais disponíveis no Instagram e no Facebook a partir desta terça-feira. A decisão impacta mais de 2 milhões de efeitos desenvolvidos por terceiros, incluindo filtros de beleza e publicitários criados por marcas, que deixarão de ser acessíveis nas plataformas da Meta.
A mudança ocorre devido ao encerramento da plataforma Meta Spark, que permitia a criadores independentes desenvolver e publicar efeitos usados publicamente. Essa ferramenta contava com cerca de 600 mil desenvolvedores espalhados por 190 países, segundo a Meta.
Com o fim da Meta Spark, apenas os filtros próprios da companhia continuarão disponíveis no Instagram e Facebook. Até o final de 2023, a Meta havia desenvolvido aproximadamente 160 filtros próprios, que seguem acessíveis para os usuários.
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O que a Meta alega
A decisão da Meta foi comunicada em agosto do ano passado. De acordo com a companhia, a decisão é parte de uma estratégia para concentrar investimentos em outras prioridades, como o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada.
A empresa, nos últimos dois anos, têm ampliado a aposta em tecnologias de computação (como o óculos inteligente da Ray-ban e o Quest), além de investir na expansão da inteligência artificial em todas suas plataformas, incluindo o WhatsApp.
"Estamos comprometidos com nossos investimentos de longo prazo em novas plataformas que vão além das experiências 2D atuais", declarou na ocasião em que anúncio o fim dos filtros.
O que muda sem os filtros de criadores
Usuários que já utilizaram filtros criados por terceiros em conteúdos como stories ou reels não terão suas publicações impactadas. No entanto, não será possível acessar ou usar novos efeitos criados por terceiros a partir de terça-feira.
O anúncio marca o fim de um período de sete anos que ajudou a popularizar os filtros de realidade aumentada.
Ferramentas dentro do Spark - como o Meta Spark Studio (para criar efeitos), o Meta Spark Player (para testar e visualizar os filtros) e o Meta Spark Hub (para disponibilizá-los e gerenciá-los) - também serão desativadas, o que vai impedir que criadores publiquem, administrem ou desenvolvam novos efeitos.
Reação ao fim dos filtros de terceiros
A alternativa para os usuários será a aplicação de filtros em vídeos e fotos em ferramentas independentes, para depois publicar o conteúdo nas redes da Meta.
A mudança gerou reação de criadores, que criticaram a decisão por limitar possibilidades de criação dentro das plataformas da empresa.
Há empresa, no entanto, vinha lidando há anos com críticas por parte de especialistas sobre a disseminação dos filtros nas redes, que disseminavam padrões de beleza irreais.
Apesar da Meta não citar o tema da saúde mental na decisão, outras redes incluíram recentemente limitações sobre os efeitos. O TikTok, em novembro do ano passado, passou a restringir o acesso a filtros de beleza para menores de 18 anos.