Fim de uma era: último Boeing 747 deixa a linha de produção, nos EUA
Aeronave será usada como cargueiro e deverá começar a operar em 2023; apenas 44 unidades do modelo ainda transportam passageiros
Depois de quase cinquenta anos em produção, o último Boeing 747 deixou a linha de produção da fábrica da empresa nos Estados Unidos nesta quarta-feira. Batizado com o número 1.574, a aeronave ainda será pintada e passará por testes de voo antes de ser entregue ao seu comprador, a Atlas Air.
Com isso, o último 747 só deverá começar a operar em 2023. Ele foi construído na fábrica da empresa em Everett, no estado de Washington. O local é descrito pela Boeing como o maior prédio do mundo em termos de volume, construído especialmente para a produção dos 747.
— É um momento muito surreal, obviamente. Pela primeira vez em mais de 50 anos, não teremos um 747 nesta instalação. — disse Kim Smith, vice-presidente da Boieng.
Nos últimos anos, os 747 se tornaram mais escassos nos céus, principalmente nos voos de passageiros. A própria unidade 1.574, por exemplo, servirá como avião de carga, e a última vez que a Boieng construiu uma aeronave do modelo para transporte de pessoas foi em 2017.
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Companhias aéreas americanas como a Delta e a United aposentaram os seus antes da pandemia de Covid-19. A Qantas e a British Airways, por sua vez, tiraram as suas unidades de circulação já durante a crise que se abateu sobre as empresas do ramo quando a doença se espalhou pelo globo.
Atualmente, as empresas buscam aeronaves mais econômicas e sustentáveis, que consumam menos combustível:
— Era um ótimo avião. Serviu-nos brilhantemente. Há muita nostalgia e amor por ele, mas quando olhamos para o futuro, tratam-se de aeronaves modernas, mais eficiência, soluções mais sustentáveis também. — disse o CEO da British Airways Sean Doyle, segundo o canal de televisão americana NBC.
Apenas 44 Boiengs 747 ainda são usados para levar passageiros. Em comparação, 314 modelos continuam a serem utilizados como cargueiros.