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Economia

FMI: subsídios devem ser evitados para enfrentar altos preços de energia

Nas últimas semanas, os preços do petróleo atingiram picos históricos, passando de US$ 80 o barril

Sede do FMI em Washington, nos Estados UnidosSede do FMI em Washington, nos Estados Unidos - Foto: AFP

Os governos devem se abster de recorrer a subsídios generalizados no setor energético, apesar do aumento dos preços - recomendou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (13), pedindo aos países que acelerem sua transição para a energia verde.

Os subsídios de amplo espectro são custosos, motivo pelo qual os formuladores de políticas deveriam usar recurso específico para ajudar as famílias de baixa renda mais afetadas pelo recente aumento dos preços da energia, disse Paulo Medas, do Departamento de Finanças Públicas do FMI.

Os subsídios generalizados "beneficiam famílias ricas que não precisam de apoio", o que os torna "muito custosos", disse Medas, em entrevista coletiva.

Além disso, "não são amigáveis com o meio ambiente. De fato, levam a incentivos muito negativos", ao apoiarem o consumo de energias poluentes, acrescentou.

O FMI recomenda "usar um apoio mais específico para os mais vulneráveis e os mais afetados", incluindo transferências de recursos, ou subsídio para as contas de luz, no caso de famílias de baixa renda.

Nas últimas semanas, os preços do petróleo atingiram picos históricos, passando de US$ 80 o barril, o que acentua os temores de um aumento permanente da inflação. 

Medas disse que o aumento dos preços da energia era esperado, até certo ponto, enquanto a demanda global vai-se recuperando da pandemia da Covid-19. Insistiu, contudo, que o FMI estimula os países a avançarem mais rumo à energia verde.

"A realidade é que enfrentamos estas grandes volatilidades nos preços do petróleo e do gás há muito tempo. E a única forma de lidar com isso, de maneira permanente", é investir mais em energia renovável, disse.

"Esta será a única forma de construir uma economia resiliente e proteger as famílias da volatilidade dos preços do petróleo e do gás", completou.

O FMI publicou seu relatório "Monitor Fiscal" no âmbito de suas reuniões semestrais conjuntas com o Banco Mundial, que acontecem esta semana em Washington.

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