patrimônio

Fortuna dos ricaços cai no mundo pela 1ª vez desde 2008; Brasil vai na contramão

País vê número de milionários crescer 41% e riqueza dos endinheirados subir em US$ 1 trilhão. No planeta, patrimônio dos mais ricos recua 2,4%

Iate de luxo ancorado em Doha para a Copa do CatarIate de luxo ancorado em Doha para a Copa do Catar - Foto: Andrej Isakovic / AFP

Leia também

• "Lei Larissa Manoela": Câmara já soma quatro projetos para proteger patrimônio de menores artistas

• Reese Witherspoon formaliza divórcio; veja qual a fortuna da atriz, a mais rica do mundo

A riqueza global das famílias diminuiu no ano passado pela primeira vez desde a crise financeira de 2008. O patrimônio dos super-ricos encolheu US$ 11,3 trilhões, uma queda de 2,4%. Inflação alta, valorização do dólar e turbulências nos mercados explicam o recuo.

Na contramão, Brasil viu a fortuna dos seus endinheirados crescer em US$ 1,1 trilhão. México e Rússia também viram a riqueza de seus milionários aumentar e estão entre os países considerados exceções na lista. O relatório sobre riqueza global foi divulgado pelo Credit Suisse, adquirido pelo também suíço UBS no início deste ano.

O Brasil também teve o maior ganho de milionários em números absolutos em 2022. Foram 120 mil, o que fez o número de pessoas que tem ao menos US$ 1 milhão subir para 413 mil - eram 293 mil no ano anterior. Um salto de 41%.

1% mais rico tem quase metade da riqueza
Juntas, elas são donas de um patrimônio de US$ 3,3 trilhões. O câmbio explica boa parte do ganho. Houve valorização média de 6% das moedas latino-americanas em relação ao dólar, diz o relatório.

Melhor destino para nômades digitais: Dubai desbanca Lisboa por trabalho remoto, popularizado durante a pandemia, que levou trabalhadores a buscarem cidades costeiras

No mundo, a riqueza líquida total privada caiu para US$ $ 454,4 trilhões. A maior parte da queda foi sentida nas famílias da América do Norte e da Europa, que perderam um total combinado de US$ 10,9 trilhões.

O número de ricaços diminui para 59,4 milhões globalmente - são menos 3,5 milhões em relação ao ano anterior. A perda tem forte relação com a queda das ações, já que a fortuna da maior parte dos endinheirados está intimamente ligada aos papéis que eles detêm e que são negociados na Bolsa.

Em 2021, houve crescimento recorde do patrimônio dos super-ricos jutamente por causa do salto nos mercados acionários um ano após a Covid-19

"A evolução da riqueza provou ser resiliente durante a era da Covid-19 e cresceu a um ritmo recorde durante 2021. Mas a inflação, o aumento das taxas de juros e a depreciação da moeda causaram uma reversão em 2022", disse Nannette Hechler-Fayd’herbe, chefe global de economia e pesquisa do Credit Suisse.

A queda dos ativos financeiros também reduziu a desigualdade, disse Hechler-Fayd’herbe em uma conferência de imprensa. O 1% mais rico do planeta detinha 44,5% de toda riqueza existente, abaixo do registrado em 2021.

No Brasil também houve queda, mas a concentração de riqueza, assim como no mundo, continua gigantesca. O 1% de brasileiros mais ricos ainda detinha 48,4% de toda a riqueza do país. O percentual em 2021 era 49,3%.

Veja também

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês
Dólar

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee
Falha no sistema

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Newsletter