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FÓRUM NORDESTE 2024

Com Roberto Zanella à frente, o gás natural como agente da transição energética foi tema de painel

Combustível fóssil e limpo, o gás natural foi tema central de painel na 13ª edição do Fórum Nordeste 2024

Roberto Zanella, diretor Técnico-Comercial da Copergás, à frente de um dos painéis do Fórum Nordeste 2024Roberto Zanella, diretor Técnico-Comercial da Copergás, à frente de um dos painéis do Fórum Nordeste 2024 - Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

O 5º painel do Fórum Nordeste 2024, realizado nesta segunda-feira (2) pelo Grupo EQM, promoveu debates acerca do papel do gás natural, combustível fóssil e limpo encontrado na natureza, na transição energética.

O painel "O Gás Natural como agente da transição energética" destacou as possibilidades e o potencial dessa fonte - normalmente encontrada em reservatórios profundos no subsolo, associada ou não ao petróleo - como uma ponte para um futuro mais sustentável.

O debate sobre gás natural contou com a presença de Roberto Zanella, diretor Técnico-Comercial da Copergás, e teve como mediador Plínio Nastari, Presidente e CEO da Datagro Consultoria.
 



O painel contou ainda com a participação de Alessandro Gardemann, CEO da Geo Biogás & Tech; Antônio Cesar Salibe, CEO da União Nacional de Bioenergia; e João Guilherme Matos, diretor executivo da Oncorp.

Desafio
Os especialistas explicaram como o gás natural pode atuar como um agente de transição, impulsionando a adoção de energias renováveis e a redução das emissões de carbono.
 



Roberto Zanella destacou os esforços da Copergás em integrar fontes de energia renovável, como o biometano, ao seu portfólio.

"Estamos desenvolvendo projetos que visam atrair novos tipos de fornecimento, como o biometano, que vem complementar e fazer uma transição do combustível fóssil para combustíveis renováveis", explicou Zanella. 

Ele acrescentou que o biometano, produzido a partir de resíduos sólidos, tem potencial para suprir até 130 mil metros cúbicos por dia até 2025, representando cerca de 7 a 8% do volume atual distribuído pela Copergás. 

"Esse biometano será inicialmente produzido no Eco Parque Jaboatão, com a possibilidade de expansão para outras unidades de processamento de resíduos", detalhou o diretor Técnico-Comercial da Copergás.

Zanella também abordou a expansão do mercado de Gás Natural Veicular (GNV) para veículos pesados, ressaltando os esforços da Copergás em incentivar a transição da frota de ônibus movidos a diesel para GNV em Pernambuco

"Estamos focados em criar um caminho para realmente diminuir o impacto do óleo diesel no meio ambiente, e já realizamos testes bem-sucedidos com concessionárias locais, como a Conorte e a Mobibrasil, utilizando ônibus movidos a GNV da Scania", afirmou Zanella.

Ele mencionou que Pernambuco está a caminho de se tornar o primeiro estado do Brasil com uma frota de ônibus movida a GNV, destacando os benefícios econômicos e ambientais dessa transição. 

"Os resultados iniciais mostram ganhos significativos na redução do número de oxidação (NOx) e particulados, os principais responsáveis por problemas de saúde pública", completou Zanella.

Perspectivas 
O mediador Plínio Nastari, presidente e CEO da Datagro Consultoria, analisou as tendências para o futuro do gás natural no Brasil.

Crédito: Arte/Folha de Pernambuco


"Ao substituir o diesel, ele traz vantagens, como a redução de material particulado e enxofre. O maior potencial de geração de biogás no Brasil reside no setor sucroenergético, que corresponde a 56% do total.

Esse potencial supera 100 milhões de metros cúbicos por dia, mais de três vezes a capacidade do Gasoduto Brasil-Bolívia", explicou Nastari. Antônio Cesar Salibe, da União Nacional de Bioenergia, complementou:

"O biometano pode ser usado em tratores, caminhões e também pode ser vendido para indústrias", concluiu Salibe. 

Plínio Nastari, Presidente e CEO da Datagro ConsultoriaPlínio Nastari, presidente e CEO da Datagro Consultoria | Crédito: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

O Fórum Nordeste 2024 teve patrocínio da Neoenergia, Copergás, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Sudene, FMC, Grunner e Cahu Beltrão; e apoio do Governo de Pernambuco, Fertine e Novabio.

 

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