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TECNOLOGIA

Foto de Kate Middleton: nova geração de celulares terá recurso para identificar imagens falsas

Para combater a propagação de fake news, empresas criam coalizão para desenvolver tecnologias que devem se popularizar nos próximos anos

Kate Middleton, princesa de Gales, se reúne com moradores e funcionários durante uma visita ao Oxford House Nursing Home, em Slough, em 21 de fevereiro de 2023 Kate Middleton, princesa de Gales, se reúne com moradores e funcionários durante uma visita ao Oxford House Nursing Home, em Slough, em 21 de fevereiro de 2023  - Foto: Hannah Mckay/Pool/AFP

Detalhes — não tão pequenos — de Kate Middleton e seus filhos numa foto publicada nas redes sociais mantêm no ar uma série de dúvidas e questionamentos a respeito da "manipulação" de imagens.

Afinal, por que a princesa de Gales exagerou na edição digital da primeira imagem publicada por ela nas redes sociais desde que passou por uma cirurgia abdominal, em janeiro, quando ficou duas semanas internada?

A pergunta segue sem resposta. Mas dá impulso para o aprimoramento de recursos tecnológicos que devem se tornar amplamente acessíveis nos próximos anos.

Para combater a propagação de fake news e imagens falsas, a nova geração de smartphones trará um recurso inédito, como revelou uma reportagem recente do Globo. Os celulares terão a capacidade de reconhecer se as fotos foram manipuladas digitalmente ou geradas por inteligência artificial.

A novidade já é disponibilizada em celulares que contam com o sistema operacional Android, do Google, e com o processador Snapdragon 8 Gen 3, chamado de Titã, da Qualcomm. É o caso do Xiaomi 14 e do Xiaomi 14 Pro, com lançamento global no dia 25 de fevereiro — em Barcelona —, mas ainda sem estimativa de chegada ao Brasil.

A nova linha de telefones tem a chancela da C2PA, uma espécie de acordo entre marcas em prol da autenticidade de conteúdo — que fornece a capacidade de rastrear a origem de diferentes tipos de mídia —, e é formado por empresas como Adobe, Microsoft, BBC, Publicis e Sony. A entidade participa do desenvolvimento de sistemas para fornecer padrões de verificação de autenticidade das imagens.

 

Para saber se as imagens foram alteradas, será preciso abrir a foto e arrastar para cima de forma a ver as informações fornecidas pelo processador. Hoje, os modelos mostram a localização da captura, a lente usada e o formato do arquivo, como JPEG ou HEIF. Agora, além de indicar que o conteúdo foi gerado por inteligência artificial, haverá a indicação do total de modificações realizadas na foto.

— Queremos dar às pessoas a capacidade de identificar que se trata de inteligência artificial. A ideia é que os usuários saibam que a imagem é, na verdade, gerada por inteligência artificial. Apesar de a tecnologia trazer mais qualidade em fotos e vídeos, é importante adicionar essa camada de transparência. Estamos realmente em uma realidade onde você vê fotos on-line e pode se questionar se é realmente um evento que aconteceu ou se foi totalmente gerado artificialmente — explicou Mingjuan Hou, vice-presidente da Qualcomm, numa entrevista ao Globo.

O novo processador foi anunciado em evento nos EUA, no último ano, que contou com a participação de diversos fabricantes. Na ocasião, representantes de diferentes empresas ligadas à tecnologia e comunicação reforçaram que as possibilidades trazidas pela inteligência artificial representam uma grande preocupação.

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