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Reforma econômica

França quer reduzir benefícios a desempregados para ampliar número de trabalhadores no país

Medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Gabriel Attal integram esforços para avançar com reformas econômicas propostas pelo presidente Macron

Gabriel Attal,primeiro-ministro da FrançaGabriel Attal,primeiro-ministro da França - Foto: Miguel Medina/AFP

O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, revelou planos de reduzir os benefícios oferecidos para desempregados em um esforço para avançar com as reformas econômicas propostas pelo presidente Emmanuel Macron, colocando pessoas de volta na força de trabalho do país.

A reforma reduziria o prazo máximo de concessão do seguro-desemprego para 15 meses, ante os 18 meses atuais, e ampliaria o período de trabalho exigido para que o desempregado tenha direito a receber o benefício, disse Attal em entrevista na edição deste domingo do jornal La Tribune. O governo quer que as mudanças sejam válidas a partir de 1º de dezembro.

As mudanças não miram em corte de despesas, mas em atrair mais franceses para empregos que vão, em contrapartida, financiar o sistema de benefícios trabalhistas, afirmou Attal.

O efeito é de uma redução gradual em gastos nos próximos anos até alcançar uma economia anual de € 3,6 bilhões, com mais 90 mil pessoas na força de trabalho, disse um assessor do primeiro-ministro à imprensa neste domingo.

Os trabalhadores serão considerados “sêniores” aos 57 anos de idade, estando aptos a acessar melhores benefícios, embora menos generosos que no passado.

As medidas vêm após a França ter sido alertada quanto ao elevado endividamento público do país pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que pediu mais esforço para ter o déficit do orçamento sob controle. O regulador fiscal francês disse que os planos para fazer isso sofrem com falta de credibilidade e coerência.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, disse que o governo fará “todo o necessário” para cumprir seu compromisso de reduzir o déficit orçamentário para o limite estabelecido pela União Europeia, que é de 3% do produto interno bruto (PIB), em 2027.

Os franceses estão votando nas eleições para o Parlamento Europeu em um par de semanas em que as pesquisas apontam que o partido de extrema-direita de Marine Le Pen vai ganhar com uma margem grande. Ela tem sido uma crítica vocal às reformas de Macron, que afirma penalizarem os trabalhadores.

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