Funcionários da LG entram em greve por manutenção de empregos
Movimento tem adesão de trabalhadores de três fornecedoras, diz sindicato
Os trabalhadores da fábrica da LG em Taubaté, no interior paulista, entraram em greve para que a empresa mantenha 430 postos de trabalho.
Na semana passada, a LG Eletronics informou que deixará de fabricar celulares, o que levaria ao encerramento de ao menos parte das atividades na planta de Taubaté.
A empresa, com sede na Coreia do Sul, informou que a decisão foi tomada por causa dos sucessivos prejuízos acumulados desde 2015 com a venda de smartphones.
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“O nosso negócio global de celulares tem sofrido uma perda operacional por 23 trimestres consecutivos, resultando em um acumulado de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares (US) até o final de 2020”, destacou a LG em comunicado à imprensa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindmetau), além dos trabalhadores da própria LG, também aderiram a paralisação por tempo indeterminado os funcionários de três empresas fornecedoras da multinacional em Caçapava e São José dos Campos.
Em assembleia realizada ontem (12), os funcionários da LG recusaram a proposta de indenização aos trabalhadores que forem demitidos. De acordo com o Sindmetau, a empresa ofereceu valores adicionais nos acordos de rescisão entre R$ 8 mil e R$ 35,9 mil, calculados a partir do tempo de trabalho na fábrica.
A reportagem da Agência Brasil procurou a LG, mas a empresa ainda não respondeu com um posicionamento em relação à greve.