Galípolo diz que a barra para fazer qualquer tipo de mudança no guidance é alta
Ele avaliou que o BC foi bastante corajoso fazer a sinalização de alta da Selic para mais duas reuniões diante
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assumirá o comando da autoridade monetária em janeiro, disse nesta quinta-feira, 19, que é "bem apegado ao guidance". "Eu acho que a barra é alta para a gente fazer qualquer tipo de mudança no guidance", afirmou.
Ele avaliou que o BC foi bastante corajoso fazer a sinalização de alta da Selic para mais duas reuniões diante. "Eu acho que já foi bastante corajoso, a partir da materialização dos riscos, poder fazer essa sinalização para mais duas reuniões para frente."
"O que vai acontecer dali para frente, eu acho que a gente vai ter que aguardar para ver como é que tudo vai se desenrolar. Está bem claro em que direção a gente deu esse passo: é na direção de caminhar para uma taxa de juros num patamar restritivo com alguma segurança", disse.
Leia também
• Com o fluxo de saída acima da média, BC vai atuar como vem atuando no câmbio, diz Campos Neto
• Galípolo diz que Lula demonstrou confiança no BC em colocar a inflação dentro da meta
• Banco Central eleva projeção de PIB de 2024 de 3,2% para 3,5%
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a sinalização de alta da Selic feita pela autoridade monetária, com a elevação para 12,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a indicação de dois novos aumentos nessa magnitude no próximo ano, é mais um sinal do comprometimento do BC com a meta de inflação.
As afirmações foram feitas durante coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). "A mensagem que a gente tentou passar, é que a gente acha que a elevação de 1 p.p. com essa sinalização é um passo importante de sinalizar que o Banco Central está comprometido em atingir a meta e que entende que a gente tem uma incerteza maior do que usual e também entende que algumas das incertezas se viraram certezas", pontuou, indicando um cenário mais adverso.