Logo Folha de Pernambuco

Combustível

Gasolina: atual política da Petrobras tem "colchão" de preço que pode ser usado, diz Haddad

Ainda segundo Haddad, por causa de "detalhes", uma nova reunião com o presidente Lula está marcada para a manhã de terça-feira, quando deverão decidir sobre a questão dos combustíveis

Fernando HaddadFernando Haddad - Foto: EDU ANDRADE/Ascom/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Petrobras tem um “colchão” que pode ser a contribuição da estatal para ajudar a conter o preço da gasolina, em meio às discussões sobre a reoneração dos combustíveis. Haddad não detalhou qual o valor dessa gordura, mas disse que a companhia não precisa reformular a sua política de paridade de preços com o mercado internacional, chamada de PPI.

(Uma contribuição) dentro do PPI significa respeitar o PPI. (Na prática) significa que a atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado disse o ministro ao deixar o ministério da Fazenda na noite desta segunda-feira (27).

Mais cedo, o Ministério da Fazenda já havia informado que voltariam a ser cobrados os impostos federais sobre a gasolina e o etanol. A ideia, segundo a pasta, é manter a arrecadação de R$ 28,9 bilhões previstos no pacote de medidas anunciado no dia 12 de janeiro. A pasta não informou os percentuais de imposto por litro no novo modelo de cobrança de imposto. Na cadeia, combustível fóssil será mais onerado.

O número 2 da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi até o Rio de Janeiro para discutir com a diretoria da Petrobras possíveis colaborações. Segundo Haddad, a existência do colchão – uma eventual diferença entre o preço no mercado internacional e o valor considerado pela Petrobras – pode ser usada neste momento em que a Fazenda quer elevar as alíquotas que incidem sobre o etanol e gasolina.

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, também participou da reunião com a Petrobras, no Rio de Janeiro. Em nota, ele disse que queria entender melhor "a previsão de oferta e de demanda de derivados de petróleo para as próximas semanas, bem como a previsão de preço futuro dos combustíveis".

Nova reunião com Lula
Ainda segundo Haddad, por causa de “detalhes”, uma nova reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está marcada para a manhã de terça-feira, quando deverão decidir sobre a questão dos combustíveis:

Vamos fechar com o presidente amanhã. Tem alguns pequenos detalhes (para avaliar).

Uma medida provisória (MP) editada no início do ano que prorrogou a desoneração para gasolina e etanol vence na terça-feira, e por isso o governo tem pressa em tomar uma decisão. Além da tributação, o governo também discute possíveis alterações na política de preços da Petrobras, medida vista como alternativa para evitar que contribuintes tenham que pagar mais caro para abastecer seus veículos.

Veja também

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol
NEGÓCIOS

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU
CONCURSO PÚBLICO

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU

Newsletter