Gastos de Turismo em Pernambuco caem de R$ 622 milhões para R$ 418 milhões durante a pandemia
Os resultados são da PNAD Turismo 2020-2021, feita pelo IBGE em parceria com o Ministério de Turismo
Os gastos totais de viagens com Pernoite em Pernambuco diminuíram de R$ 622 milhões para R$ 418 milhões, segundo a PNAD Contínua Turismo 2020-2021, que foi divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira. Este resultado coloca o Estado no oitavo lugar entre aqueles com mais gastos em viagens nacionais (ficando atrás de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Ceará).
A pesquisa,que é feita em parceria com o Ministério do Turismo e visa acompanhar como a pandemia vem impactando o setor, também apontou que o resultado de Pernambuco equivale a 4,2% do total despendido em turismo no país. O gasto diário médio per capita de quem visitou o Estado também caiu de R$ 306 em 2020 para R$ 236 em 2021; no entanto, Pernambuco ficou na sexta posição nacional em 2021 (atrás apenas de Brasília, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas e Rio Grande do Sul).
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Também foi em 2021 que Pernambuco correspondeu a 3% do total de viagens nacionais e foi o décimo primeiro estado mais procurado por turistas do país. No entanto, o número foi inferior ao de outros estados do Nordeste, como a Bahia (que ficou com 9,5% do total) e o Ceará (com 4,2% do total). No ano passado, os visitantes passaram 8,8 pernoites, em média.
Em relação aos pernambucanos que viajaram em 2021, o percentual de ficou abaixo da média nacional, de 12,7%. Dos três milhões de domicílios visitados, apenas 8,1% possuía um morador que havia viajado. O motivo para a falta de viagens informado com mais frequência foi a falta de dinheiro (43%), seguido da falta de necessidade (20%) e outros (15,6%). Em sequência, tem-se o fato de não ser uma prioridade (6,5%), falta de interesse (5,9%), falta de tempo (5,2%) e problemas de saúde (3,6%).
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Em contrapartida, o total de viagens para tratamento de saúde ou consulta médica entre 2020 e 2021 foi de 351 mil (308 mil de finalidade pessoal e 42 mil de finalidade profissional), pulando de 16,6% para 23,6%. Este número supera a quantidade observada em 2020, de 337 mil viagens (sendo 284 mil para fins pessoais e 53 mil para fins profissionais). Enquanto isso, as viagens de lazer tiveram uma redução de 44,2% em 2020; e passaram para 42,5% no ano passado. Já as viagens para visitar amigos e familiares passaram de 31,4% para 25,1%.
Quanto aos meios de transporte para viagem, o carro (seja particular ou de empresa) foi o mais utilizado em 2021, correspondendo a 55,3%. Em seguida vem o ônibus de linha (com 12,1%), o avião (7,2%), a van ou o perueiro (6,3%), o ônibus fretado ou de turismo (4,5%) e a motocicleta (com 2,2%). Houve, ainda, a percentagem de 12,4% que informaram o uso de quaisquer outros meios de transporte.
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Vale ressaltar o aumento expressivo do uso de carros em comparação com a queda do uso de aviões pela metade. Em 2019, os carros faziam parte de 40,2% do total de viagens, subiu para 51,6% em 2020 e parou em 55,3% em 2021. Já os aviões, também em 2019, correspondiam a 14,7% das viagens, reduzindo bruscamente para 6% em 2020 e se recuperando um pouco em 2021, com participação de 7,2% no total de viagens.
Em relação aos locais de hospedagem, a categoria “outro” (que corresponde a casas de apoio, hospitais, veleiros, locais de trabalho e outros tipos de alojamento) ficou em primeiro lugar nas opções em 2021, com 39,3% do total. Em seguida estão a casa de amigo ou parente (31,7%); hotel, resort ou flat (11,6%); pousada (8,6%); imóvel por temporada ou AirBnB (7%) e imóvel próprio (1,8%).