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Governo

Geraldo Alckmin diz que governo "tem absoluta confiança que o dólar vai cair"

Em evento promovido por fundo de investimentos árabe, presidente em exercício disse que alta da moeda americana é "coisa momentânea" e reforçou compromisso do governo com responsabilidade fiscal

Presidente em exercício Geraldo Alckmin disse que é difícil falar em números, mas disse ter certeza de que a elevação da moeda nos últimos dias é transitóriaPresidente em exercício Geraldo Alckmin disse que é difícil falar em números, mas disse ter certeza de que a elevação da moeda nos últimos dias é transitória - Foto: Fiesp/Divulgação

Após a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - de que o aumento da arrecadação e queda da taxa de juros permitirão reduzir déficit - ser mal digerida pelo mercado e ter contribuído para a alta da moeda americana, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin pôs panos quentes no episódio.

A jornalistas, Alckmin disse que a alta da divisa é “coisa momentânea”. Ele também reforçou o compromisso do governo com responsabilidade fiscal, frisando melhor eficiência no gasto público:

— Nós temos absoluta confiança que o dólar vai cair. Isso é uma coisa momentânea. O governo do presidente Lula tem compromisso com o arcabouço fiscal. (...) Temos absoluta confiança de que nós vamos ter um ano forte, crescimento econômico, inflação sob controle. É só verificar o que ocorreu: risco Brasil caiu, a inflação caiu, o desemprego caiu. Então, é fazer o crescimento brasileiro — disse ele, a jornalistas, após discurso e reunião fechada no FII Priority Summit, no Rio.

O presidente em exercício disse que é difícil falar em números, mas disse ter certeza de que a elevação da moeda nos últimos dias é transitória:

— O Brasil tem bases sólidas e tem compromisso com responsabilidade fiscal. Atrai muito investimentos. A economia deve crescer. A reforma tributária vai fazer diferença. O Brasil tem tamanho, concentra metade do PIB da América do Sul.

Expectativa de queda da Selic na próxima reunião

A poucos dias da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o vice-presidente disse que espera que a taxa básica de juros, a Selic, continue caindo. Hoje, a Selic está em 10,5% ao ano.

— A expectativa é que (os juros) continuem caindo. Não podemos agir por questões transitórias. Os fundamentos da economia brasileira são sólidos. A confiança é de que vai continuar caindo — disse.

Acordo de cooperação com a Arábia Saudita
No encontro que reúne líderes e investidores árabes, o vice-presidente lembrou ainda que o governo assinou na semana passada um acordo de cooperação com o ministério da Defesa da Arábia Saudita, durante passagem pelo país na semana passada.

— Tenho certeza que vamos ter muito investimentos. Levamos nove fundos de investimentos para a Árabia Saudita e o Brasil é o segundo ou terceiro receptor do mundo de investimento externo. É uma palavra de confiança — disse Alckmin.

Elogio à Haddad
O vice-presidente ainda aproveitou para elogiar o ministro Fernando Haddad ao dizer que ele tem feito um bom trabalho, num governo que prioriza o diálogo:

—Tenho certeza que vai ter um esforço para melhorar arrecadação e, por outro lado, buscar maior eficiência do gasto público.

Questionado por jornalista sobre de que forma se daria essa busca por maior equilíbrio fiscal, Alckmin disse que o objetivo do governo é fazer mais com menos:

— É fazer mais com menos. Vamos agir dos dois lados: pelo lado da receita e da despesa.

Geraldo Alckmin participou de palestra no Fórum de Investimentos Prioridade 2024. O encontro reúne líderes, investidores e CEOs globais no Copacabana Palace, no Rio.

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