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Gol revê plano de frota e se prepara para sair da recuperação judicial até 11 de maio

Aérea anunciou nesta quarta revisão do plano financeiro para os próximos cinco anos

Avião da Gol no Aeroporto Santos Dumont, no RioAvião da Gol no Aeroporto Santos Dumont, no Rio - Foto: Hermes de Paula

A aérea Gol divulgou na manhã desta quarta-feira (15) a revisão de seu plano financeiro para os próximos cinco anos, apresentado anteriormente em maio do ano passado. Listada na B3, as ações da empresa chegaram a subir 6% logo após a abertura das negociações.

No documento, a empresa prevê sair do processo de Chapter 11 nos Estados Unidos, similar à recuperação judicial, até dia 11 de maio.

A revisão, informou a empresa, apresenta os esforços contínuos que a aérea vem empenhando para melhorar seu desempenho operacional e financeiro sob novas premissas macroeconômicas. A taxa de câmbio prevista para o período, de acordo com o plano, é de R$ 6,04.

“O plano demonstra o compromisso da GOL em expandir sua operação, tanto nacional quanto internacionalmente, e projeta o crescimento da frota da Companhia para 167 aeronaves até 2029, ao mesmo tempo em que prevê investimentos na frota existente no curto prazo”, diz parte do relatório. A empresa detém, hoje, 138 aeronaves Boeing 737.

No balanço mais recente da empresa, do terceiro trimestre de 2024, a dívida líquida da empresa chegou a R$ 27,6 bilhões, e o prejuízo líquido foi de R$ 830 milhões.

Na semana passada, foi anunciado que a Azul e a controladora da Gol, a Abra, planejam notificar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a intenção de unir as operações até abril. Há discussões se essa ação deve acontecer antes ou depois da saída da Gol do processo de recuperação judicial.

Conforme noticiou o jornal Valor Econômico, a Azul e a Abra estariam próximas de assinar um memorando de entendimentos com vistas a uma possível união das operações de Gol e Azul.

A aérea prevê ainda que o endividamento líquido da companhia deve caminhar para níveis regulares a partir do ano que vem, caindo para 2,7 vezes a relação entre dívida líquida sobre o Ebtida em 2027 e 1,9x até o fim de 2029. Também até o fim de 2029, a empresa prevê um crescimento de apetite por voos domésticos em 3,1%. A Gol voa para 80 destinos através de mais de 600 voos diários.

A Gol vê seu Ebitda recorrente alcançando os R$ 11,6 bilhões em 2029, e espera registrar no ano que passou R$ 4,47 bilhões. A previsão positiva decorre da expectativa de melhor perfil operacional passado o processo do Chapter 11.

Reestruturação
Em dezembro, a Gol anunciou um plano para voltar a crescer, prevendo um aporte de capital de US$ 1,85 bilhão (cerca de R$ bilhões) para fortalecer a liquidez. Do total, US$ 330 milhões serão levantados com emissão de novas ações oferecidas a investidores.

O plano foi protocolado no U.S. Bankruptcy Court, corte federal americana que cuida de reestruturação de empresas, após o acordo de apoio à reestruturação, firmado em novembro, entre a companhia, sua controladora Abra e o comitê de credores que não têm garantias reais.

A Gol recorreu, em janeiro do ano passado, ao chamado Chapter 11 (a recuperação judicial nos EUA) pressionada por dívidas elevadas referentes ao impacto da pandemia, quando a aviação comercial foi fortemente afetada pela paralisação dos voos.

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