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NEGÓCIOS

Google tem lucro 28% maior no 4º trimestre, mas negócio de nuvem registra desaceleração

Empresa anunciou ainda um aumento nas despesas para o próximo ano, passando de US$ 57,9 bilhões para um valor planejado de US$ 75 bilhões

A divisão de busca do Google registrou um faturamento de US$ 54,03 bilhões no quarto trimestreA divisão de busca do Google registrou um faturamento de US$ 54,03 bilhões no quarto trimestre - Foto: Josh Edelson/AFP

A Alphabet, empresa controladora do Google, registrou uma receita no quarto trimestre que não atendeu às expectativas dos analistas, uma vez que o crescimento de seus negócios em nuvem diminuiu. As ações caíram.

A receita do Google aumentou 12% para US$ 96,47 bilhões no quarto trimestre, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$ 96,56 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A empresa registrou lucro líquido de US$ 26,53 bilhões no quarto trimestre, o que representa uma alta de 28% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Diluído por ação, o lucro passou de US$ 1,64 para US$ 2,15.

A divisão de busca do Google registrou um faturamento de US$ 54,03 bilhões no quarto trimestre, um crescimento anual de 12,5%. Já a receita do YouTube subiu 13,8%, para US$ 10,47 bilhões.

Mas a empresa ficou aquém de sua importante receita no segmento de nuvem. A unidade se beneficiou do boom da IA, já que as startups precisavam de mais poder de computação para seu trabalho, mas as vendas não atingiram as estimativas. O Google Cloud ainda está atrás da Amazon.com e da Microsoft em tamanho.

O negócio de nuvem registrou um aumento de 30% na receita, para US$ 11,96 bilhões no último trimestre do ano, desacelerando em relação ao aumento de 35% no trimestre anterior. Os analistas esperavam um aumento de 32,3%, para US$ 12,16 bilhões.

A empresa também aumentou drasticamente suas despesas de capital para o ano, de US$ 57,9 bilhões para um valor planejado de US$ 75 bilhões.

Os investidores pediram à Alphabet que demonstrasse que está mantendo o ímpeto em todos os seus negócios, à medida que gasta mais pesadamente em IA e que a concorrência nesse mercado se intensifica.

Wall Street aguardava informações da Alphabet sobre seus esforços para transformar os imensos investimentos em IA em novas fontes de receita e o desempenho mais amplo do mercado de publicidade digital.

A concorrente de publicidade Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, divulgou seus resultados na semana passada, superando facilmente as expectativas de Wall Street tanto no faturamento quanto no lucro, mas optou por não fornecer uma previsão para o ano completo.

Assim como a Alphabet, a Meta está investindo fortemente em seus esforços de IA, buscando usar a tecnologia para melhorar as vendas de anúncios e o engajamento dos usuários.

O Google, e as empresas de tecnologia dos EUA de maneira geral, ainda estão se recuperando do grande sucesso dos modelos V3 e R1 da DeepSeek. Supostamente desenvolvidos por uma fração do custo dos modelos Gemini do Google e ChatGPT da OpenAI, a eficiência da DeepSeek levanta questões sobre se o Vale do Silício está exagerando nos investimentos em hardware de IA.

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