Governador de São Paulo defende ajustes pontuais e diz que concorda com 95% do texto
Governador de SP e ministro da Fazenda de reuniram nesta quarta-feira (5)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta quarta-feira (5) que está nas tratativas finais da reforma tributária, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Governadores ou secretários da Fazenda dos estados estão em Brasília para acertar os últimos ajustes no texto da Reforma Tributária.
"A espinha dorsal da reforma tem a concordância de São Paulo. Concordamos com 95% da reforma. São questões pontuais" afirmou Tarcísio .
Um dos pontos de discussão são as regras para criação de um conselho federativo, que seria responsável pela gestão e distribuição de recursos do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que vai reunir ISS (municipal) e ICMS (estadual).
Leia também
• Lira diz que está convencido em consenso para votar reforma tributária até sexta-feira (7)
• Reforma Tributária: relator indica ajustes no texto; estados falam em esforço para votar proposta
• Reforma Tributária: Governadores permanecerão em Brasília na reta final das negociações
A proposta do governador de São Paulo é o que foi chamado de "câmara de compensação", especificamente para operações interestaduais. Na prática, um bem vendido por uma empresa em São Paulo a um consumidor no Rio de Janeiro, iria para esse conselho.
"Quando a gente propôs a Câmara de Compensação, a lógica foi a preocupação com a governança do Conselho Federativo. Se eu tiver uma governança mais frouxa, eu preciso de uma arrecadação mais na mão do Estado" alega Tarcísio.
O governor reconhece, contudo, se que houver uma "melhorar" nas regras de governança do Conselho Federativo, ele pode abrir mão da proposta da Câmara de Compensação.
"A Câmara de compensação é uma alternativa. Não é um cavalo de batalha e precisa ser assim. À medida que a gente melhora a governança do Conselho Federativo, a gente pode partir para uma administração centralizada. Se a governança for pior, aí faz sentido a gente trabalhar com uma Câmara de Compensação" defende.