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Reforma Tributária

Governadores aliados rejeitam orientação de Bolsonaro e se manifestam pela Reforma Tributária

Tarcísio de Freitas, Cláudio Castro, Ratinho Jr, Romeu Zema e Ibaneis Rocha destacam importância do projeto. Já Jorginho Mello se mantém em silêncio

O ex-presidente Jair BolsonaroO ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Roberto Schmidt/AFP

Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por decisão do TSE, cinco governadores que se elegeram sob a bandeira do bolsonarismo no ano passado passaram a se opor à orientação de voto contrário à Reforma Tributária e agora se posicionam de maneira favorável ao texto que será votado nesta quinta-feira na Câmara.

Como O Globo mostrou, a iminente votação expõe um racha entre Bolsonaro e os caciques do PL. Pelo entendimento de que Bolsonaro foi "enfraquecido" pela inelegibilidade, a sigla ainda não decidiu se irá estipular penalidades aos parlamentares que votarem de maneira favorável à Reforma. Diante das resistências, o próprio Bolsonaro baixou o tom e pediu "atenção" à bancada.

Enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) puxa a frente das negociações por alterações no texto da Reforma, Cláudio Castro (PL-RJ) já afirmou que pedirá votos favoráveis à bancada fluminense. Ele disse ter comunicado esta decisão ao PL. Ratinho Jr. (PSD-PR) também afirmou que os governadores entendem que há "necessidade de haver uma reforma tributária". Também apontado como possível sucessor de Bolsonaro, Romeu Zema (NOVO-MG) contesta a participação dos estados na formação do Conselho Federativo, mas reitera a importância da Reforma. Outro que formalizou apoio a Bolsonaro nas últimas eleições, mas que hoje se posiciona de maneira favorável, é o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

E até mesmo o silêncio de alguns tem sido interpretado como resistência a obedecer Bolsonaro: O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), não se posicionou contra a Tributária, apesar de pressões parlamentares ligados ao bolsonarismo.

PL à espera de Tarcísio e Bolsonaro
O PL, partido de Bolsonaro, orientará os seus parlamentares a votarem contra a Reforma Tributária. Entretanto, a sigla ainda não fechou questão em relação a eventuais penalidades àqueles que votarem de maneira favorável, como alguns governadores do partido estão orientando. De acordo com o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, ainda aguarda uma sinalização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para se posicionar. Bolsonaro vem pedindo aos deputados mais próximos para que se oponham.

- O PL vai orientar contra a Reforma, todos entendem que somos favoráveis, mas não somos favoráveis a este texto. A votação ocorrer nesta quinta é uma contradição. Vai depender das mudanças que o Tarcísio pediu. Caso elas sejam incluídas, a tendência é que não fechemos o voto contrário e apenas orientemos contra a Reforma. Ainda não está definida nenhuma penalidade ao parlamentar que votar de maneira favorável.

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