Governo acumula rombo de R$ 56,17 bilhões no ano e dívida pública sobe para 74,1% do PIB em julho
De janeiro a julho de 2022 foram R$ 150,33 bilhões de superávit
Os sete primeiros meses do ano acumularam um déficit primário de R$ 56,17 bilhões ao governo, uma diferença robusta em relação aos R$ 150,33 bilhões de superávit em 2022, no mesmo período. Os dados do Banco Central foram atualizados nesta quinta-feira (31).
O déficit primário considera que as receitas ficam abaixo das despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. O superávit é o contrário. No cálculo estão: governo federal, estados, municípios e empresas estatais.
No mês de julho, houve déficit primário de R$ 35,8 bilhões, enquanto no mesmo período do ano passado houve R$20,4 bilhões de superávit. Nos doze meses encerrados em julho, o setor público consolidado registrou déficit de R$80,5 bilhões, equivalente a 0,78% do PIB.
Já a dívida bruta do governo fechou o mês de julho em 74,09% do Produto Interno Bruto (PIB), uma alta de 0,5 ponto percentual em relação ao resultado de junho, quando esse cálculo estava em 73,56%.
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Conforme os dados do Banco Central, o mês de julho terminou com um endividamento acumulado na casa de R$7,7 trilhões.
O cálculo compreende as contas do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais
O resultado do sétimo mês do ano veio um pouco acima da projeção de mercado, que apontava uma dívida de 73,9% em relação ao PIB.
A dívida bruta está abaixo de 80% em relação ao PIB desde novembro de 2021, porém ainda distante da casa de 50% ou 60% no início da década de 2010, conforme a série histórica do BC.
A projeção da equipe econômica do governo é de aumento desse percentual nos próximos anos. Para o fim 2023, é esperado algo próximo de 75% e para 2024, o equivalente a 76%.